terça-feira, 18 de setembro de 2012

Quando os linfonodos são preocupantes?



É muito frequente durante o banho da criança, a mãe ou o pai palparem pequenos nódulos, principalmente na região da cabeça e do pescoço da criança. Isto, muitas vezes, costuma causar preocupação, principalmente se já houve alguma experiência com tumores na família.
Felizmente, na grande maioria das vezes, estes nódulos são linfonodos normais.
Linfonodos fazem parte do nosso sistema imunológico, ou seja, são parte da defesa do organismo. Eles atuam como filtros, retendo bactérias, vírus, fungos, partículas estranhas e células malignas que circulam pelos vasos linfáticos. Nos linfonodos há a destruição deste material. Quando isto acontece, os linfonodos podem aumentar de tamanho.
Eles estão presentes já ao nascimento, porém costumam ser muito pequenos e molinhos, de forma que passam despercebidos frequentemente. Conforme a criança passa a ter contato com o ambiente e se contamina com vírus e bactérias, o sistema de defesa necessita ser acionado e os linfonodos aumentam de tamanho, passando a ser mais percebidos. A região onde mais frequentemente são palpados é a região do pescoço e da cabeça, atrás das orelhas. Isto, porque qualquer resfriado, por exemplo, mobiliza as defesas do organismo e os linfonodos (ou gânglios) aumentam de tamanho. Infecções como otites, sinusites, amigdalites, estomatites ou lesões de pele na região da face ou do couro cabeludo, também aumentam o tamanho dos linfonodos.Até o rompimento dos dentes pode levar a um aumento destes gânglios. Uma vez resolvido o processo infeccioso ou a lesão, o linfonodo volta ao seu tamanho normal, que é de aproximadamente 1 cm.
Se a criança tiver uma lesão no braço, como uma infecção de pele ou mesmo uma picada grande, pode haver linfonodo palpável na axila correspondente, ou se tiver um machucado na perna, pode-se palpar um linfonodo na região da virilha do mesmo lado.
Em algumas infecções, pode haver um aumento generalizado de linfonodos, como é o caso de algumas infecções virais. A mononucleose costuma causar muitos gânglios palpáveis, principalmente na região do pescoço. Após a resolução do quadro, os gânglios voltam ao normal. A leucemia também pode cursar com um aumento generalizado de gânglios e seu diagnóstico sempre deve ser lembrado nesta situação.
Situações preocupantes:
  • Gânglios palpáveis na região logo acima das clavículas, ou na região axilar e inguinal sem lesões nos braços e pernas, devem ser avaliados pelo médico.

  • Linfonodos duros e aderidos aos tecidos mais profundos costumam ser suspeitos de malignidade (em geral, os gânglios são bem móveis e macios à palpação). Se ocorrerem sinais de avermelhamento na pele que cobre o gânglio e dor à palpação, pode haver uma adenite, que é uma infecção localizada no próprio linfonodo.

  • Linfonodos que crescem rapidamente devem ser avaliados. Sintomas de febre, sudorese noturna ou perda de peso acompanhando, podem ser sinais importantes de patologias mais sérias.

  • Se o tamanho do linfonodo for maior do que 1 cm, deve-se observar a evolução. Normalmente o tamanho regride bastante em 1 a 2 meses e deve ser menor do que 1 cm em até 3 meses. Se não houver regressão ou o tamanho for maior que 3 cm, há necessidade de avaliação médica , havendo maior risco.

Portanto, ao palpar gânglios na sua criança, não se desespere, mas preste atenção aos sinais de alerta. Na dúvida, é sempre melhor serem avaliados pelo pediatra, até mesmo para ouvir que não é nada.




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