quinta-feira, 12 de julho de 2012

Conjuntivite na infância



O que é conjuntivite?
Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, que é o nome da membrana fina e transparente que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e a parte interna das pálpebras. Com freqüência os dois olhos podem ser afetados. Os sinais mais comuns são:
  • Olhos vermelhos e lacrimejantes;
  • Pálpebras inchadas;
  • Sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
  • Presença de uma secreção purulenta no canto dos olhos;
  • Cílios grudados ao despertar;
  • Coceira nos olhos;
  • Dor nos olhos ao olhar para a luz;
  • Visão borrada;

O que causa a conjuntivite?

A conjuntivite pode ser causada por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos. Dentre os fatores alérgicos, os mais comuns são a poluição, fumaça, cloro de piscinas e produtos de higiene, como sabonete e shampoo. Adultos podem ter alergia a maquiagem. A conjuntivite alérgica não é contagiosa. Muitas vezes, os sintomas são acompanhados de espirros e coriza.

Os agentes infecciosos responsáveis pelas conjuntivites são: vírus e bactérias e fungos. Nestes casos, a conjuntivite é altamente contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados e mesmo pela água da piscina.

Faz parte dos cuidados com o recém-nascido, ainda na sala de parto, a aplicação de um colírio de Nitrato de Prata, que previne infecções. Os bebês podem ficar alguns dias com os olhos um pouco irritados, mas sem complicações.

Quanto dura a conjuntivite?

A conjuntivite pode durar de uma semana a quinze dias e não costuma deixar sequelas.

Como se trata a conjuntivite?

O tratamento da conjuntivite é indicado pelo médico de acordo com o agente causador da doença. Para a conjuntivite viral não existem medicamentos específicos, mas o quadro clínico melhora muito com a limpeza ocular com soro fisiológico, ou água fervida e filtrada e compressa frias. Já o tratamento da conjuntivite bacteriana requer o uso de colírios com antibióticos, que devem ser prescritos pelo médico. O Oftalmologista é o especialista que pode avaliar a necessidade destes medicamentos.

O que fazer para evitar a conjuntivite na infância?

Algumas medidas simples podem evitar a infecção nas crianças:
  • Lavar as mãos da criança com água e sabão freqüentemente. Vejam o post sobre a lavagem de mãos.
  • Evitar o contato direto com pessoas com conjuntivite.
  • No caso de já estar instalada a conjuntivite:
  • Não deixar a criança coçar os olhos. Compressas frias são eficientes para atenuar a coceira, a vermelhidão da conjuntiva o inchaço das pálpebras
  • Trocar as toalhas e fronhas diariamente (que devem ser usadas apenas pela criança).
  • Evitar a luz direta, que provoca dor nos olhos inflamados.
  • Limpar a parte externa dos olhos com um algodão molhado em água fervida, soro fisiológico ou água boricada.
  • Em caso de conjuntivite infecciosa, ou seja, contagiosa, a criança deverá ser afastada da escola ou berçário.
  • Evitar, durante o quadro de conjuntivite, os banhos de banheira, piscina ou de mar.





segunda-feira, 9 de julho de 2012

O olho, o cérebro e o estrabismo



A visão não acontece sem os olhos. Mas, o que poucos sabem, é que a maior parte do desenvolvimento da visão acontece no cérebro e não nos olhos. Até o seu bebê completar um mês de vida, ele não consegue acompanhar um objeto com os olhos e, frequentemente, um olho olha para um lado e o outro, para o lado oposto. Isto preocupa alguns pais, mas é normal haver esta descoordenação nesta fase. A partir de um mês, o bebê já consegue acompanhar um objeto e olhar para seu rosto de forma a focalizá-lo, quando esta sendo amamentado, por exemplo.
A visão se dá a partir da captura da imagem pelos olhos, que a transformam em sinal nervoso, que caminha pelo nervo óptico até a área cerebral correspondente à visão. Ambos os olhos capturam a mesma imagem e cabe ao cérebro coordenar os estímulos que chegam, de forma que se tenha uma visão única do objeto visualizado. Quando seu bebê tem aproximadamente dois meses, ele consegue olhar para um objeto por um tempo maior, acompanhando seu movimento por mais tempo. Isto já mostra um passo à frente no desenvolvimento cerebral.
Porém, aos seis meses se dá este amadurecimento cerebral, com conexão completa entre os dois hemisférios, de forma que as imagens que chegam ao cérebro por ambos os olhos sejam acompanhadas simultaneamente por eles, mesmo que um dos olhos seja temporariamente ocluído.
Imagine se um dos olhos não capta a imagem da forma adequada, seja por catarata congênita, seja por astigmatismo, ou por um problema na musculatura que envolve o globo ocular. A imagem que chega através dos dois olhos não é a mesma e quando o cérebro é forçado a fazer uma imagem de duas imagens diferentes, ele passa a ignorar os sinais do olho pior. Com isto, a visão vai se deteriorando e, ao longo do tempo, isto se torna irreversível.
Muitas vezes, o olho não se desvia de forma permanente. Há alguns momentos em que isto ocorre e nem sempre é na frente do médico. É mais frequente acontecer quando a criança está cansada e os pais notam um desvio ocular em um dos olhos. É importantíssimo levar esta criança para uma avaliação oftalmológica, pois este olho provavelmente está enxergando menos e necessita de correção.
Falso estrabismo
Ainda falando sobre estrabismo, frequentemente se questiona se um bebê é estrábico quando ele olha para o lado e se nota uma diferença entre os olhos. Isto ocorre pela ausência do osso nasal, que aumenta a distância entre os olhos, sendo mais frequente em orientais. A prega interna das pálpebras é mais verticalizada e dá a falsa impressão de estrabismo. Para saber se está tudo bem é fácil: pegue um foco de luz e direcione bem de frente para a criança. O ponto luminoso deve aparecer no mesmo local nos dois olhos. Se isto ocorrer, há um falso estrabismo e não é necessário se preocupar.




quinta-feira, 5 de julho de 2012

Brincadeiras proibidas para alérgicos




Quando se tem uma criança alérgica em casa, ou seja, uma criança com rinite ou asma, é muito frequente cercá-la de cuidados, como agasalhar com umas três ou quatro camadas de roupa a cada mudança de temperatura, nunca dar sorvete se a temperatura externa for menor do que 35 graus e não colocar o pé descalço no chão nem por decreto lei. Mas, estes cuidados são realmente eficazes na prevenção das pioras e crises dos alérgicos? Na verdade, não. Exceto no caso da criança ficar exposta ao vento gelado, o que pode causar obstrução intensa do nariz, medidas como agasalhar a criança até ela cozinhar, ou não deixar pisar descalça não trazem nenhum benefício. O melhor é agir normalmente, sem exageros.
Mas há algumas situações que são extremamente danosas para quem tem rinite ou asma, que são algumas brincadeiras que crianças adoram. Veja aqui quatro delas:

Pular na cama
Em nossas camas há aproximadamente dois milhões de ácaros, que vivem em nossos colchões e travesseiros e alimentam-se de nossa descamação de pele. Por dia, eles eliminam por volta de 20 bolotas fecais, que são microscópicas, porém causam muita alergia. Imagine, então, uma criança pulando , pulando e pulando na cama, levantando poeira de ácaros, vivos e mortos, com suas bolotas fecais, transformando-se numa nuvem invisível aos olhos, mas altamente danosa ao aparelho respiratório. Só há uma palavra para isto: Alérgicos: é proibido pular na cama!
Fazer guerra de travesseiro
Um travesseiro com dois anos de uso tem 10% de seu peso constituído de ácaros vivos e mortos, além de poeira e fezes de ácaros. Imagine só este travesseiro todo contaminado sendo atirado diretamente no narizinho do seu filho alérgico. É uma explosão de alergia! E guerra é guerra, não costumando ser rápida. Ou seja, o número de vezes em que a criança vai inalar toda substância inapropriada é enorme e as crises decorrentes disto podem ser sérias.
Se esconder embaixo da cama
Por motivos óbvios, ou seja, sempre há algum pó que pode estar depositado neste local, é proibido brincar de esconde-esconde embaixo da cama., sob pena de uma crise de asma ou rinite imediatas.
Se enrolar na cortina
Crianças costumam ter uma atração por cortinas que vão até o chão e acham muito divertido ficarem enrolados como se fossem uma salsicha dentro do pão. Cortinas devem ser lavadas com certa frequência, ou seja, uma vez por mês aproximadamente. Mas, quanto mais pesada a cortina, mais difícil é que isto seja cumprido. E, se a cortina for de outra casa, pior ainda, porque não dá para saber há quanto tempo a poeira está se acumulando nela. Veneno puro! Criança alérgica enrolada na cortina é problema na certa. Brincadeira proibida.
Ou seja, antes de proibir o próximo sorvete, pense nas estratégias que você está utilizando com sua criança alérgica. Você pode estar usando sua energia no canal errado.



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