segunda-feira, 12 de março de 2012

Como lidar com a birra



A criança de dois anos começou a gritar, pular, sapatear, se jogar no chão e, por fim, atirou um banquinho contra a parede. Tudo isto porque ela queria sentar-se em um canto da mesa. Só que a mesa era redonda e não tinha nenhum canto! Que situação! O que fazer? Esta é uma típica crise de birra e, para desespero de alguns pais, ela pode acontecer em casa ou em lugares públicos. Quem não viu uma destas, levante a mão. O duro é quando acontece com o filho da gente... Ai,ai.

As crises de birra acontecem nas crianças entre um ano e três anos de idade. Entre três e quatro anos elas melhoram muito e desaparecem. Nesta idade as crianças estão em fase de aquisição da linguagem e, muitas vezes as crises de birra acontecem por uma dificuldade de se comunicar. Conforme crescem e passam a verbalizar melhor suas vontades e seus sentimentos, as crises de birra somem. Ao mesmo tempo, nesta idade, as crianças tendem a sentir-se o centro do universo e demandam atenção quase contínua. Quando se sentem frustradas, acabam reagindo mal.

Mas, cá para nós, dois anos de birra é tempo suficiente para qualquer pai ou mãe se achar incompetente na tarefa de educar. Primeira informação: crises de birra são NORMAIS e NÃO acontecem por sua culpa; você NÃO é um mau pai ou mãe; sua criança NÃO é má. Lembre-se disto na hora da crise, pois ajudará você a manter a calma e recuperar o controle da situação.

As crianças tendem a ter crises de birra em algumas situações, por exemplo, quando estão cansadas, com fome, desconfortáveis, quando querem algo ou simplesmente quando querem chamar atenção. Para prevenir algumas das crises, é importante respeitar os horários de comer e de dormir, evitando desconforto.

Algumas vezes a crise de birra acontece porque a criança se recusa a obedecer uma determinada regra. Vou dar um exemplo: sentar na cadeirinha do carro. Não se deve abrir mão de segurança em hipótese alguma. Nesta hora, economize nas palavras e faça valer a atitude. Sente a criança e a prenda na cadeirinha, sem dar explicações. Lembre-se, ela quer chamar atenção e, quanto mais você falar com ela na hora da crise, mais ela está se sentindo atendida. Deixe passar a “tempestade” e depois converse com ela. Porém, há situações em que se pode dar uma opção de escolha para a criança. Por exemplo, “- Você quer escovar os dentes antes ou depois de tomar banho?”, ou “- Você quer vestir a blusa vermelha ou a azul?” Isto faz com que ela sinta que tem controle sobre algumas situações, satisfazendo sua necessidade de independência.

Crises de birra que ocorrem fora de casa, por exemplo, no supermercado ou no shopping, tendem a estressar mais os pais. Nesta hora, mantenha a calma e procure retirar a criança do local, levando-a para um banheiro ou para o carro, para esperar a crise passar.

Lembre-se de uma coisa: sem plateia não há show. Se a criança está fazendo birra para conseguir atenção, ela vai procurar uma audiência. Crises de birra que são puramente para chamar atenção não devem ser reforçadas. Para isto, simplesmente ignore. Certifique-se de que a criança não corre nenhum risco e saia do local, deixando-a espernear sozinha. A crise vai durar menos e se repetirá também menos.

Quer ver um exemplo de como não há show sem plateia? Veja o vídeo abaixo. .Além de tudo, é divertido.


 







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