domingo, 22 de janeiro de 2012

Sobrepeso e obesidade na infância

Ilustração: Claudia Marianno

A obesidade na infância é, atualmente, tratada como um problema de saúde pública, principalmente pelo fato de que as crianças obesas de hoje podem se tornar os adultos obesos de amanhã.

Diferença entre Sobrepeso e Obesidade
É importante avaliar se a criança está com sobrepeso ou se já está com obesidade.

O sobrepeso na infância pode ser definido como um excesso de peso previsto para a idade, sexo e altura da criança. Uma criança com sobrepeso, se não for bem cuidada, pode se tornar obesa.

Já a obesidade é resultado de um acúmulo de gordura em todo o corpo. Este acúmulo acontece porque se come mais do que se gasta.

Diferente dos adultos que podem ser classificados como obesos segundo os cálculos do I.M.C (Índice de Massa Corpórea = Peso / altura x altura ) , as crianças e adolescentes, por ainda estarem em fase de crescimento, devem ser classificados através de uma análise conjunta do cálculo do I.M.C. e dos gráficos de crescimento, que levam em conta, além da altura e do peso atual, a idade e o sexo de cada um.

Fatores que levam uma criança a se tornar obesa
Genética

As crianças que têm familiares obesos devem ser bem acompanhadas porque têm risco aumentado para obesidade.

Alimentação

O exagero no consumo de refrigerantes, doces, chocolates, salgadinhos, guloseimas em geral e de alimentos ricos em gordura e açúcar contribui para a instalação da obesidade.

Falta de Atividade Física

Hábitos como o de assistir à televisão, jogar vídeo game, ficar no computador por horas, andar somente de carro, formam um estilo de vida sedentário que predispõe à obesidade infantil.

Ansiedade e Depressão

Há fatores psicológicos que contribuem para a obesidade infantil, como por exemplo: separação dos pais, mudança de escola, mudança de endereço, perda de um ente familiar, etc., São situações que provocam grande angústia e ansiedade, levando, algumas vezes, à perda e outras ao ganho excessivo de peso.

Riscos da Obesidade Infantil

São várias complicações relacionadas à obesidade. Algumas oferecendo riscos para a saúde, tais como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias (aumento de taxas de colesterol), cardiopatia, apnéia do sono (parada da respiração durante o sono), complicações ortopédicas na coluna e joelhos, celulite e estrias, fragilidade da pele nas regiões de dobras, com tendência às infecções causadas por fungos. Além disso, o excesso de peso afeta negativamente a auto-estima da criança.



O que fazer em caso de Obesidade na Infância


O tratamento da criança obesa deve ser acompanhado pelo médico em conjunto com nutricionista. Será importante perguntar sobre a rotina de vida e os hábitos alimentares da família, o que se come e o que se compra no supermercado. Se a família faz alguma atividade física. Do que a criança gosta de brincar ou se só fica assistindo à TV.


Qualquer mudança de hábito requer empenho e persistência e é muito importante a participação de toda a família no processo de adequação alimentar, para que a dieta não se torne uma rotina insuportável para a criança e para que ela não tenha que se privar da companhia dos outros familiares durante as refeições. Então, não vale servir um prato bem balanceado apenas para a criança e pedir uma pizza com refrigerante para o restante da família. Importantíssimo é não brigar ou criticar a criança durante as refeições. Vale muito ressaltar sempre o lado positivo, ou seja, dar maior importância ao que a criança pode comer, elogiando cada graminha perdida. Assim, ela se sentirá valorizada e vai se empenhar cada dia mais em perder mais peso. .
Ao mesmo tempo, é fundamental estimular a criança a praticar alguma atividade física, deixando-a longe do sedentarismo. Uma caminhada em família também é muito saudável para todos.

Medidas para prevenir a Obesidade na Infância

Pré-natal bem acompanhado para que o bebê tenha peso adequado ao nascer.
Crianças que mamam no peito têm menor probabilidade de se tornarem obesas. Por isso se deve estimular o aleitamento materno.
Para as crianças que estão com mamadeira, não há necessidade de acrescentar açúcar na preparação do leite.
Consultas periódicas com o pediatra para avaliar o ganho de peso e estatura.
Evitar alimentar a criança com a televisão ligada, caso contrário, todas as vezes em que ela estiver vendo televisão, sentirá necessidade de comer alguma coisa. Muitos adultos têm este hábito.
Preparar refeições balanceadas, sem exagero com as massas e frituras.
Estimular o consumo de verduras e legumes que agem como fatores protetores contra a obesidade.
Não usar travessas sobre a mesa para evitar a repetição dos pratos.
Oferecer frutas como sobremesas, evitando os doces.
Dar preferência à água e aos sucos naturais, evitando os refrigerantes.
Dar o exemplo, porque as crianças aprendem muito observando os pais e acabam copiando os seus hábitos.
Ao identificar algum sinal de ansiedade na criança, conversar com o pediatra.
Limitar o tempo na frente da televisão ou do computador.
Tentar incluir na prática diária das crianças e adolescentes uma atividade física, como caminhadas, brincadeiras ao ar livre ou um esporte. Tudo isso ajuda a criança a adquirir hábitos saudáveis e a gastar energia.





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