sábado, 24 de dezembro de 2011

Como evitar a micose no verão?



É no verão, quando as crianças têm oportunidade de aproveitar piscinas e praias, que podem surgir pequenas manchas na pele. Fiquem atentos, porque estas manchas podem ser micoses.

As micoses da pele, também chamadas de "tineas" ou “tinhas”, são infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e também os cabelos. Os fungos se alimentam de queratina, uma proteína presente na superfície da pele, dos cabelos e das unhas. Eles estão espalhados no ambiente em toda parte podendo ser encontrados no solo e nos pelos de animais domésticos. Até mesmo na superfície da nossa pele existem fungos convivendo "pacificamente", sem causar qualquer doença. Mas quando estes fungos encontram condições favoráveis ao seu crescimento, como: calor e umidade, eles podem se proliferar e assim a micose começa a se manifestar.

Conforme a área acometida, a micose pode ter diferentes nomes. Entre os dedos do pé, por exemplo, a micose é conhecida como "frieira" ou “pé de atleta”. Sua ocorrência neste local é freqüente em pessoas que não enxugam os pés adequadamente ou que usam sapatos fechados por longos períodos. A dificuldade na absorção do suor deixa os pés úmidos e o calor mantido dentro do sapato associado à umidade favorecem a proliferação dos fungos.

Outro tipo comum de manifestação da micose é a que ocorre na pele, em diversas regiões do corpo, sobretudo na virilha, nas mãos, na face e nas dobrinhas de pele. Nestas áreas, surgem manchas avermelhadas, de tamanhos variados, que têm a borda bem nítida. Com freqüência essas lesões podem descamar e causar muita coceira.

No couro cabeludo, a micose é conhecida popularmente como "pelada". Nesta região, a doença aparece em placas, onde há perda de cabelo e descamação. A "pelada" pode surgir na infância, após contato com animais que têm o fungo ou até mesmo com outros amiguinhos que tenham a doença. Se não for tratada, a "pelada" pode evoluir, causando “falhas”, com área sem cabelos.

Nas unhas, a chamada onicomicose provoca um espessamento progressivo e as unhas ficam opacas, porosas e com tonalidades amareladas.

A candidíase é um tipo de micose, que quando afeta a boca do bebê é chamada de monilíase oral ou simplesmente mais conhecida como “sapinho”. . A candidíase também pode aparecer em crianças que usam fraldas, causando a monilíase perineal.

O diagnóstico das micoses superficiais não é difícil. No entanto, o problema pode ser confundido com alergias e outras doenças de pele. Para comprovar a infecção, o dermatologista pode solicitar um exame em que as manchas são raspadas e analisadas para verificar a presença e o tipo do fungo.

O tratamento da micose depende do local atingido, da extensão e das características de cada caso. O tratamento pode ser tópico (com cremes, loções, xampus, sprays e esmaltes antifúngicos) ou sistêmicos (medicamentos dados por boca).

É importante lembrar que quando houver suspeita de micose, não se deve usar qualquer creme ou pomada antes de consultar um médico, porque o uso destes produtos pode mascarar características importantes e a avaliação do especialista é fundamental para o diagnóstico correto e para o sucesso do tratamento.

Abaixo estão alguns cuidados para manter esta infecção longe das crianças e aproveitar ao máximo o verão:


  • Devemos secar muito bem a pele da criança após o banho, principalmente as dobrinhas, as axilas, as virilhas e entre os dedinhos dos pés. .
  • Trocar as fraldas com freqüência evita a monilíase perineal.
  • Para as calcinhas, cuequinhas e meias, prefira os tecidos naturais como algodão.
  • Não é recomendável compartilhar toalhas, meias, sapatinhos e peças de roupas, assim como cortador de unhas, além de chupetas, mordedores e mamadeiras.
  • Tênis e sapatos muito fechados favorecem a multiplicação dos fungos. No verão, sempre que possível, opte pelas sandálias e ao usar tênis, variar sempre, para não usar o mesmo par durante dias seguidos.
  • As crianças que já andam devem usar chinelinhos de borracha ao tomar banho nos clubes.
  • Ao sair da praia e piscina, não deixe que as crianças fiquem muito tempo com as sunguinhas e biquínis úmidos.
  • Observe a pele e o pelo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração como descamação ou falhas no pelo não deixe de levá-los ao veterinário.






quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!

Ilustração: Claudia Marianno
Nós do pediatrio gostaríamos de agradecer aos nossos pacientes, papais, mamães e todos que nos acompanharam durante este ano. Estamos muito felizes por poder compartilhar informações com aqueles que amam e cuidam das nossas crianças, cujo bem estar é a grande motivação das nossas vidas profissionais.

Desejamos a vocês um Feliz Natal, com muito amor, paz, esperança e muita saúde.

Um grande abraço,

Ivani, Lídia e Janete


domingo, 18 de dezembro de 2011

Prevenindo acidentes na hora do banho e da higiene

Ilustração: Claudia Marianno

A maior parte das crianças adora o momento do banho. Alguns bebês, quando muito novinhos, podem ficar um pouco chorosos, mas aos poucos começam a apreciar muito a hora do banho. Há alguns cuidados que precisam ser tomados para prevenir acidentes durante o momento da higiene das crianças.



EVITANDO QUEDAS DA BANHEIRA E DO TROCADOR:

-A banheira tem de ser posicionada em local firme e estável, para que não ofereça perigo de cair.

-Durante o banho é preciso segurar cuidadosamente o bebê para evitar escorregões e submersão.

-O bebê não pode ficar sozinho em hipótese alguma, nem na banheira, nem no trocador, por isso, todo o material a ser utilizado na sua higiene e troca, como sabonete, xampu, toalhas, roupas, devem ser previamente preparados e mantidos ao alcance da mão.

-Para crianças maiores, que já tomam banho no chuveiro, os riscos de quedas podem ser evitados com o uso de tapetes de borracha dentro e fora do box.

EVITANDO QUEIMADURAS NO BANHO:

-É importante verificar a temperatura da água antes de colocar a criança na banheira. Pode-se testar com a região do cotovelo ou dorso da mão.

- Em caso de necessidade de misturar mais água fria ou quente, o acréscimo deve ser feito antes de o bebê entrar na banheira.


EVITANDO ACIDENTES COM MATERIAL DE HIGIENE PESSOAL:

- As hastes flexíveis com extremidades de algodão, mais conhecidas como cotonetes, são destinadas para secar a parte externa do ouvido, não devendo ser introduzidas no conduto auditivo, pelo risco de ferir internamente o ouvido e até mesmo perfurar o tímpano.

-Cotonetes, talcos, óleos, xampus, cremes, loções, entre outros produtos, têm de ser mantidos longe do alcance das crianças, uma vez, que oferecem risco de perfurações no ouvido e no nariz, de ferimentos oculares e de aspiração e ingestão acidental destes materiais.


EVITANDO OUTROS ACIDENTES NO BANHEIRO:

- O vaso sanitário deve ficar fechado para evitar, além de afogamento, a ingestão ou a manipulação da água no local.






quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Crocs X escada rolante



Nesta semana presenciei uma cena no shopping que me impressionou: uma criança de aproximadamente 4 anos , ao descer da escada rolante, prendeu seu sapato Crocs nos “dentes” do final da escada. O sapato rasgou e, por sorte, o dedo não ficou ferido, porque a mãe conseguiu puxar a criança antes.

Voltando para casa, procurei na internet relatos sobre acidentes com Crocs em escadas rolantes. Qual não foi minha surpresa! O número de acidentes com este tipo de calçado em escadas rolantes é grande, inclusive com o relato de amputação do dedo de uma criança de dois anos de idade em Singapura, que estava utilizando um calçado de borracha do tipo Crocs. No Estado de Virgínia, nos Estados Unidos, uma criança de quatro anos perdeu a unha do dedo do pé quando sua mãe foi tentar liberar seu pé que havia ficado preso com seu Crocs na escada rolante.

A explicação para as ocorrências com este tipo de calçado se baseia em duas características principais: sua flexibilidade e sua aderência.

Os locais onde ocorrem os acidentes são os “dentes” no topo ou no final da escada rolante, bem como no espaço entre o degrau e a lateral da escada.

Nos últimos anos, o número de acidentes envolvendo o uso de sapatos e sandálias de borracha macia aumentaram muito, segundo o jornal The Washington Post.

Especialistas em segurança em escadas rolantes e elevadores recomendam que, para não prender seu sapato (e, principalmente, o das crianças) você deve:


  • Certificar-se da direção que a escada rolante está se movendo
  • Manter seus pés longe das laterais
  • Não encostar os pés nos dentes da escada, quando chegar ao final
  • Portanto, quando estiver com sua criança usando Crocs ou qualquer outro sapato de borracha macia, tome cuidado na escada rolante, ou prefira o elevador.


A matéria do Washington Post está aqui neste link, caso queira ler os detalhes. http://voices.washingtonpost.com/checkup/2008/04/wearing_crocs_stay_on_your_toe.html







domingo, 11 de dezembro de 2011

Crianças roncam?

Ilustração: Claudia Marianno

Crianças podem roncar algumas vezes e isto não significa que exista uma patologia associada causando este sintoma. Porém, a frequência e a forma como este ronco se apresenta, acaba mostrando que talvez a criança esteja sofrendo de um problema chamado Apneia Obstrutiva do Sono.

Apneia significa ausência de respiração. Quando uma criança tem apneia do sono, há uma grande dificuldade para respirar quando ela adormece. Sua musculatura relaxa e a via aérea fica parcial ou totalmente bloqueada pelas amígdalas e adenóides. Isto se torna perceptível através de um ronco alto e pausas na respiração durante o sono. A criança respira pela boca e baba no travesseiro. Muitas dormem com travesseiros altos. Ao acordarem, frequentemente ainda têm sono, pois descansaram mal. Podem apresentar dor de cabeça pela manhã e, muitas vezes têm sono durante o dia. Seu rendimento escolar muitas vezes cai, devido à sonolência.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Prevenindo acidentes fora de casa

Passear com os filhos é muito saudável e divertido. Para que todos, pais e crianças, aproveitem ao máximo estes momentos, é importante tomar algumas medidas preventivas para evitar possíveis acidentes fora de casa.


NOS PARQUES

É importante conhecer o parque onde a criança será levada para brincar. As condições em que se encontram os brinquedos devem ser bem observadas. Não podem estar enferrujados, ou quebrados ou com superfície irregular sob o risco de causar ferimentos. A instalação do parquinho deve ser sobre superfície que absorva impacto em caso de queda, como piso emborrachado, gramado ou areia fina. Outra regra importante é somente deixar as crianças brincarem nos brinquedos destinados a sua faixa etária. Crianças pequenas que brincam em equipamentos destinados a crianças maiores têm risco aumentado de sofrerem algum tipo de acidente. Acessório como cachecol, capuz amarrado no pescoço, cordões ou colares devem ser retirados na hora da brincadeira para evitar acidentes com estrangulamento. Nunca é demais lembrar que as crianças devem estar sob constante supervisão de adultos durante as brincadeiras nos parques.















COM BICICLETAS, PATINS, PATINETES E SKATES

As crianças se encantam quando ganham a primeira bicicleta. Mais do que brinquedos, as bicicletas, patins, patinetes e skates representam independência para os pequenos. Mas há muitos cuidados a serem tomados para que estes momentos sobre rodinhas sejam aproveitados com alegria. Um dos maiores perigos nestas situações é o traumatismo craniano, algumas vezes com fratura de crânio. O capacete é a melhor forma de prevenir lesões e traumas na cabeça. O seu tamanho precisa ser adequado para a criança, não podendo ficar solto e balançando de um lado para o outro. Os adultos devem colocar o capacete bem no centro da cabeça, com as tiras bem ajustadas e afiveladas sob o queixo. A criança deve ser incentivada a sempre usar este equipamento de segurança quando estiver sobre bicicletas, patins, patinetes ou skates. Além disso, os calçados devem ser do tipo fechados e sem cadarços soltos. Se estiver sobre bicicleta, os pés da criança devem alcançar o chão enquanto ela estiver sentada sobre o assento. A escolha de um local seguro para estas brincadeiras também é muito importante. Prefira parques, ciclovias e praças que estejam fora do fluxo de automóveis e longe de ruas, rodovias, piscinas, lagos, sacadas e lajes.





NA PRAIA OU PISCINA

As crianças devem estar acompanhadas de adultos o tempo todo enquanto estiverem próximas de piscinas, lagos, praias, rios e cachoeiras. Além do risco de afogamento, há risco de quedas e traumas diversos. Por este motivo, mesmo para as crianças que já aprenderam a nadar a supervisão deve ser constante e o uso de bóias de braços, ou coletes salva-vidas é indicado, mas não dispensam a supervisão constante dos adultos. Caso a piscina seja própria, a presença de uma cerca ao redor previne que as crianças pequenas tenham acesso a ela. Mesmo locais rasos representam risco de afogamento. Outro detalhe importante é prestar atenção ao sistema de sucção, pois a água da piscina está em constante filtração, ou seja, a água é “puxada” para o filtro através de orifícios espalhados nas paredes e no fundo da piscina. Estes orifícios que variam em dimensão, podem sugar os cabelos, ou outras partes do corpo das crianças, como os pés ou os braços, mantendo-as submersas e causando afogamento. Recomenda-se prender os cabelos longos com touca e ficar junto com as crianças dentro da água o tempo todo.





NOS SHOPPINGS

As crianças que caminham e já não ficam no colo ou no carrinho durante os passeios ao shopping, devem ficar constantemente junto aos adultos e de mãos dadas. Nas escadas rolantes, é preciso prestar atenção para que cadarços de calçados ou barras de calça muito compridas se prendam às escadas.





NA RUA

Para passear na rua, as crianças devem estar sempre de mãos dadas, ou no colo ou no carrinho e nunca andando sozinhas. Para atravessar as ruas, obedecer às regras de trânsito para pedestres, atravessando somente nas faixas. Isto não é apenas mais seguro, como também é educativo para os pequenos, que aprendem muito com a observação, por isso dar o exemplo é essencial. Para evitar atropelamentos, nunca atravesse por trás de carros, árvores ou postes. Sempre é bom ensinar as crianças a olhar para os dois lados antes de atravessar a rua e continuar olhando para os dois lados enquanto estiver atravessando, mesmo que o semáforo esteja aberto para pedestres e mesmo que a rua seja de mão-única. Saídas de estacionamentos ou garagens são locais perigosos, principalmente quando o veículo está dando ré, pois a altura das crianças pequenas é o ponto cego do motorista.












segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Piscina e dor de ouvido




O verão está chegando e as crianças começam a frequentar as piscinas. E quando se diz frequentar, se diz passar muitas horas na água, pulando, nadando e mergulhando.

Os ouvidos estão preparados para estes excessos? Na verdade, não.

O conduto auditivo externo, ou seja, o canal que se inicia na entrada do ouvido e vai até a membrana timpânica, é revestido de pele e tem a cera (ou cerume) como seu grande protetor. Quando as crianças mergulham horas e horas no verão, a cera do ouvido sai e a pele do conduto auditivo fica vulnerável. Com isto, as bactérias proliferam e causam uma infecção e o conduto auditivo externo fica inflamado e extremamente dolorido. Tão dolorido, que é difícil até encostar na orelha. A criança chora muito de dor, mas não costuma apresentar febre. Também não se observa nenhuma secreção saindo pelo conduto auditivo. Ou seja, basicamente há muita dor.

Nestes casos, utilizam-se analgésicos, gotas otológicas com antibióticos e antiinflamatórios e, algumas vezes, antibióticos por via oral.

Mas, o que fazer para prevenir as otites externas causadas por água da piscina? Fora do Brasil, há medicamentos que são pingados após a criança deixar a piscina. Um exemplo é o Little Ears by Little Remedies, que seca a água dos ouvidos retida após a natação e os mergulhos.



Porém, no Brasil, infelizmente não dispomos deste produto e de nenhum outro similar. Pode-se utilizar uma fórmula caseira que também funciona para secar a água do ouvido: Misture partes iguais de álcool 70° e vinagre em um vidro vazio com conta-gotas e pingue 4 a 5 gotas em cada ouvido após a criança sair da piscina. O álcool provoca a evaporação da água retida e o vinagre acidifica o ph do conduto auditivo, impedindo a proliferação de bactérias. 
Outra opção é utilizar álcool boricado a 3 %, também pingando 4 a 5 gotas em cada ouvido, após sair da água. Funciona muito bem evitando as otites externas após piscina.






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