domingo, 30 de outubro de 2011

Ácaros do pó: como evitá-los






Dando continuidade ao assunto ácaros, que iniciei com o post Ácaros do pó: dormindo com o inimigo (http://pediatrio.blogspot.com/2011/09/acaros-do-po-dormindo-com-o-inimigo.html) falarei um pouco sobre como evitar estes “inquilinos” que insistem em morar em nossas casas. Veja bem, eu disse EVITAR. Infelizmente não há como dizer eliminar, pois é praticamente impossível livrar-se completamente dos ácaros.

Os ácaros se desenvolvem muito bem em ambientes úmidos (acima de 50% de umidade relativa), com temperatura ideal em torno de 25°C. A presença de poeira e fungos é essencial para sua sobrevivência, além da descamação da pele humana, que é seu alimento. Conhecendo bem seu habitat e suas necessidades, fica mais fácil combatê-los.

Sol, muito sol



Os ácaros não toleram ambientes com bastante sol. Desta forma, os alérgicos devem dormir, de preferência, no quarto que mais recebe sol na casa. Deixar o colchão no sol pelo menos uma vez por semana ajuda muito a diminuir a população de ácaros que nele habita. Além disto, o colchão deve ser aspirado, assim como a cama e o estrado.


Controle da umidade

Se há sol, normalmente não há umidade em excesso. Porém, quando há pouco sol no quarto, o ambiente torna-se altamente propenso ao desenvolvimento de ácaros. Deve-se lembrar que, dentro de casa produz-se vapor principalmente com o chuveiro e com o cozimento de alimentos. Portanto, o uso de umidificadores deve ser restrito apenas aos dias de umidade muito baixa, menor de 40%, sob pena de se facilitar o desenvolvimento de ácaros. Em ambientes muito úmidos permanentemente, podem-se utilizar desumidificadores, que ajudam a diminuir o mofo e o número de ácaros.

O uso de filtros de ar (como Sterilair, por exemplo) não contribuem de forma alguma para diminuir o número de ácaros no quarto, por um simples motivo: os ácaros são pesados e não voam e não alcançam, portanto, o filtro de ar. Por isto, não jogue dinheiro fora.

Eliminação da poeira

Quando se varre um ambiente, a poeira em suspensão no ar leva duas horas para sedimentar novamente. Mesmo com o uso de aspiradores, uma parte da poeira volta para o ambiente (a menos que se usem aspiradores que utilizam água ao invés de saquinhos para reter a poeira aspirada). Não se deve limpar o quarto com a criança dentro dele e, de preferência, não limpar à noite.





Os principais depósitos de poeira são os carpetes, as cortinas, as almofadas e os bichos de pelúcia.

É praticamente impossível eliminar a poeira de um carpete, por mais que se aspire. Portanto, a recomendação é que se utilizem pisos frios ou de madeira, que não acumulam pó e permitem uma limpeza completa.

As cortinas devem ser leves e retiradas mensalmente para lavar. Cortinas pesadas, além de reterem mais pó, são mais difíceis de serem mantidas limpas.

Utilize edredons ao invés de cobertores. Os cobertores (mesmo os que se denominam antialérgicos) acumulam mais pó.

O uso de almofadas no quarto só aumenta a população de ácaros, principalmente se elas foram mantidas na cama. De preferência, não usar almofadas no quarto e, assim que possível, retirar os protetores de berço, pois também são habitados por ácaros.

Os bichos de pelúcia devem ficar afastados do berço ou da cama. Mas, muitas crianças insistem em dormir com um deles. Desta forma, alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, lavar os bichinhos de pelúcia em água quente, a cada quinze dias ou, se não tiver água quente, coloque o bicho de pelúcia no freezer durante 24 horas e, depois, lave-o. Ácaros morrem com temperaturas muito baixas.



Reduzindo o alimento dos ácaros

Como os ácaros se alimentam de descamação de pele humana, diminuindo suas reservas de alimento, reduziremos a população de ácaros na cama. Para isto, a lavagem da roupa de cama deve ser feita semanalmente, de preferência com água quente, ou passada a ferro.

As capas próprias para colchão e travesseiro os envolvem por inteiro, fechando com um zíper. Por terem uma parte de vinil em sua composição, não permitem a passagem da descamação da pele para o colchão e ou travesseiro. Desta forma, raciona-se a comida dos ácaros, que morrem de fome. São, portanto, bastante úteis nos quartos de indivíduos alérgicos. Um investimento que vale a pena.
















quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Doença da mão, pé e boca



A doença da mão, pé e boca é causada por um vírus chamado coxsackie. Este vírus é altamente transmissível, podendo passar de uma pessoa para outra pelo pelo contato com as secreções do nariz, da garganta e da boca de crianças infectadas. A doença também pode ser transmitida pelo contato com o líquido das bolhas das mãos e pés ou com as fezes de crianças infectadas. As secreções e fezes contaminadas podem ficar na superfície de móveis, objetos e brinquedos e também podem transmitir a doença, portanto, lembrem-se de lavar sempre bem as mãos. Se desejarem, vejam o post sobre lavagem de mãos no link: http://pediatrio.blogspot.com/2011/04/como-lavar-as-maos-cante-parabens-voce.html

Aproximadamente metade das crianças que se infectam com o vírus coxsackie não têm sintoma algum, outras apresentam somente alguns episódios de febre por aproximadamente três dias, sem qualquer outro sintoma. Por outro lado, há crianças que desenvolvem a doença típica da mão, pé e boca.

A doença é mais freqüente na primavera e no outono e acomete geralmente crianças menores de 5 anos.

Após um período de incubação que varia de 4 a 6 dias, aparece a febre que pode ter intensidade variável (em alguns casos, a criança pode não apresentar febre). Após esta fase inicial, aparecem pequenas aftas na boca (estomatite) que causam dor quando a criança engole saliva ou se alimenta. Frequentemente, a criança baba muito e recusa a alimentação nesta fase. A seguir, surgem pequenas bolhas branco-acinzentadas com a base avermelhada nas mãos e nos pés (principalmente na região das palmas das mãos e plantas dos pés). Estas pequenas bolhas não coçam e não doem e podem aparecer também nas nádegas.

Por ser uma doença causada por um vírus, o tratamento é sintomático, ou seja, as medicações são usadas somente para aliviar os sintomas. Em alguns casos graves e raros, a dificuldade de ingerir líquidos pode causar desidratação. Porém, na grande maioria dos casos, as medicações sintomáticas associadas a uma alimentação leve e uma boa ingestão de líquidos são suficientes para que a criança supere a infecção utilizando os recursos de seu próprio sistema imunológico.












segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Brincadeiras desplugadas






Os pais de hoje estão criando seus filhos em um mundo muito diferente daquele em que foram criados. Utilizam menos suas experiências pessoais da infância para guiar na criação de seus filhos, pois os tempos mudaram muito. A principal mudança foi o aparecimento de novas mídias e aparelhos eletrônicos, além do enorme conteúdo televisivo que está disponível hoje.

Mas, afinal, estes aparelhos todos que nos rodeiam, computadores, televisores, iphones, tablets, influenciam positivamente nossos filhos? É saudável utilizá-los para entreter crianças pequenas?

Em crianças menores de dois anos, a resposta é NÃO. Isto é o que diz um estudo publicado neste mês pela Academia Americana de Pediatria. Hoje se conhece muito mais sobre o desenvolvimento inicial do cérebro das crianças, as melhores formas de ajudá-las a aprender, bem como o efeito dos vários tipos de estímulos e atividades neste processo. 

As conclusões principais foram as seguintes:


Crianças aprendem a pensar criativamente, resolver problemas e desenvolver a motricidade em idades precoces através de brincadeiras “desplugadas”.
Muitos programas propagandeados como “educativos” só conseguem atingir seu objetivo se houver compreensão de seu conteúdo, o que, como mostram alguns estudos, só é alcançado por crianças acima de dois anos de idade.
Crianças aprendem melhor através da interação com humanos, não com telas.
Pais que assistem aos programas infantis com seus filhos acrescentam conhecimento a eles. Porém, as crianças aprendem mais com apresentações ao vivo, do que televisionadas.
Pais que assistem aos seus próprios programas junto com seus filhos que estão brincando, acabam se distraindo e prejudicando a interação com os mesmos.
Assistir à televisão no horário de dormir pode causar dificuldade no sono, o que afeta o humor, o comportamento e o aprendizado. (veja mais detalhes no post de julho “Lugar de TV não é no quarto”)As recomendações principais são as seguintes:
Coloque limites no tempo de exposição a mídias eletrônicas e televisivas para crianças menores de dois anos.
Ao invés de dar telas para a criança brincar, opte por manter a criança brincando independente e apenas supervisionada, quando não puder brincar junto com ela. Por exemplo, se a mãe está preparando o jantar, mantenha a criança no chão da cozinha brincando de empilhar objetos plásticos enquanto isso.
Evite colocar um aparelho de televisão no quarto da criança.


Se pararmos para pensar, todos os recursos tecnológicos que temos hoje, foram desenvolvidos por pessoas que, na sua própria infância, nunca foram expostas a eles. Substituir brincadeiras e contato humano por telas de TV ou de computadores parece não ser a melhor alternativa.

Os dois vídeos abaixo foram ambos feitos com crianças de nove meses. Veja e faça a sua escolha.














sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Molusco contagioso



Molusco contagioso é uma doença causada por um vírus da família Poxvirus. A pele apresenta lesões que são pequenas pápulas, de tamanho entre 2 a 5 mm de largura. Estas pápulas têm coloração perolada e são umbilicadas (têm um afundamento na região central da lesão). Os locais mais freqüentes onde os moluscos aparecem são a face, a região axilar, o pescoço, os braços e o tronco. Na verdade, elas podem aparecer em qualquer local do corpo, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.

Esta infecção de pele é muito comum em crianças e é adquirida pelo contato direto com uma lesão. O vírus pode se espalhar por outros locais do corpo através da manipulação de uma lesão, como o ato de coçá-la, por exemplo. O uso de toalhas, roupas e brinquedos contaminados pode ser uma forma de adquirir as lesões.

Em geral as lesões de molusco contagioso não doem, não coçam e não costuma haver inflamação local, a menos que se manipulem as mesmas.

Em crianças com pele muito seca, por exemplo, crianças com dermatites, o molusco contagioso costuma ser mais freqüente e recorrente, pois há uma menor resistência natural da pele.

Em geral, as crianças costumam ter de 10 a 20 lesões, algumas vezes um pouco mais ( já vi casos com mais de 50 lesões!). Em indivíduos com boas defesas, as lesões acabam desaparecendo sozinhas num período que leva de meses até anos (em geral até 2 anos).

Crianças com molusco contagioso não devem freqüentar piscinas. Porém, há pesquisadores que questionam se os vírus não seriam inativados na água da piscina e o uso das toalhas e brinquedos neste ambiente é que seria a verdadeira causa da transmissão dos vírus de uma criança para outra. Mais estudos são necessários para esclarecer esta questão, mas, por enquanto, a recomendação é: quem tem molusco contagioso não deve freqüentar piscinas.

O tratamento costuma ser feito por dermatologistas através de curetagem da lesão (uma espécie de raspagem) , com a aplicação prévia de uma pomada anestésica no local. Algumas vezes são necessárias várias sessões com intervalos de 6 a 8 semanas, para acabar com todas as lesões.








quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Prevenindo acidentes com brinquedos

Ilustração: Claudia Marianno

Enquanto as crianças ficam encantadas, os pais ficam confusos com a grande variedade de brinquedos oferecidos nas lojas e nos anúncios publicitários.

Os pequeninos desejam ter toda aquela variedade de brinquedos, mas os pais se preocupam em selecionar o brinquedo mais adequado para os seus filhos.

Ao escolher um brinquedo pensamos na faixa etária da criança que vai recebê-lo e nos interesses que esta criança demonstra. Se a criança é pequena, uma das maiores preocupações é com a sua segurança ao manusear este brinquedo, porque o que é bom para uma idade, pode ser perigoso para outra.



Especialmente para as crianças pequenas, abaixo estão algumas situações que devem ser prevenidas:

Acidentes de sufocação:
Saquinhos plásticos que envolvem os brinquedos não devem ficar acessíveis à criança pelo risco de colocá-los na região da cabeça e provocar sufocação. Bexigas de látex estouradas devem ser descartadas pelo risco de serem acidentalmente engolidas.

Ingestão e aspiração de objetos:
As crianças tendem a levar à boca tudo os que pegam com as mãos, por este motivo, os brinquedos não devem conter partes pequenas e desmontáveis. Uma regra prática é utilizar como referência dois dedos da mão, pois eles possuem juntos o diâmetro aproximado da garganta da criança (três cm). Tudo o que for maior do que dois dedos não deverá ser dado a uma criança pequena, sob o risco de haver aspiração ou engasgo.

Ferimentos e alergias:
Vale à pena prestar atenção se o brinquedo contém partes pontiagudas que podem ferir a criança que o manipula, ou se contém tintas que podem causar toxicidade ou alergias.


Por fim, antes de adquirir um brinquedo, vale à pena verificar a indicação da idade fornecida pelo fabricante e também o selo de segurança emitido pelo Inmetro. O selo do Inmetro garante que o brinquedo passou por testes que comprovam sua segurança e qualidade e que os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos sejam atóxicos.







domingo, 16 de outubro de 2011

O que é coqueluche?


A coqueluche, também conhecida como “tosse comprida” é uma infecção respiratória altamente transmissível causada pela bactéria Bordetella pertussis. Esta bactéria é transmitida por pessoas doentes por meio de gotículas de saliva expelidas na tosse, espirro ou ao falar. O contagio também pode se dar pelo contato direto com objetos contaminados com secreções das pessoas doentes.

Inicialmente, aparecem sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe, como febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, começam os acessos de tosse seca e contínua que deram origem ao nome “tosse comprida”. Os acessos de tosse podem ser finalizados por uma inspiração forçada e prolongada semelhante a um guincho e vômitos. Na fase final, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum que pode durar em média três semanas. Os bebês são os que têm maior risco de apresentar formas graves da doença e complicações como desidratação, pneumonia, convulsões, lesões cerebrais e até a morte.

No Brasil, foram confirmados 593 casos de coqueluche em 2011. Desses, 451 ocorreram em crianças menores de um ano, infelizmente com 15 óbitos registrados. Estudos mostram que os adultos que convivem com as crianças, como mães, pais, irmãos e avós são as principais fontes de transmissão da doença aos recém-nascidos e bebês, os mais vulneráveis às complicações. Os adultos costumam ter quadros clínicos mais leves e, muitas vezes, nem sabem que estão infectados pela Bordetella.
A forma de prevenir a doença é aplicar a vacina tríplice bacteriana, que previne contra a difteria, o tétano e a coqueluche. Ela faz parte do calendário obrigatório do Programa Nacional de Imunizações e consiste em três doses no primeiro ano de vida (2º, 4º e 6º meses de vida), um primeiro reforço por volta dos 15 meses e mais um reforço entre 4 e 5 anos de idade.

A partir dos doze anos de idade é importante que os adolescentes e adultos tomem pelo menos uma dose da vacina tríplice bacteriana do adulto para se manterem imunizados contra a coqueluche. Infelizmente, a vacina tríplice bacteriana dos adultos não está disponível no sistema público de saúde, somente em clínicas privadas. Como os adultos são a maior fonte de contaminação para as crianças, é muito importante que eles também estejam imunizados






sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dra. Janete fala sobre infância






O que você teve na sua infância e gostaria que os seus filhos tivessem hoje?

Quando eu era criança, a primeira coisa que eu fazia quando chegava da escola era procurar a minha mãe que estava sempre em casa naquela hora. Era muuuito bom mesmo....

O que os seus filhos têm hoje e você gostaria de ter tido na sua infância?

Meus filhos já foram para a Disney, o que é normal para algumas crianças de hoje, mas na minha infância e para a minha família, isto era um sonho inatingível. Além disso, meus filhos têm acesso a informações do mundo todo pela internet, com a rapidez de um “click”, isto é fantástico!


Definindo a infância num jogo rápido


  • · uma música da infância:“Jingle Bells” (eu sempre adorei o Natal)


  • · uma propaganda na sua época de infância:

Propaganda da “Bala Kids” com aquela música: “roda, roda, roda baleiro atenção, quando o baleiro parar ponha a mão...”.





  • · uma estória infantil: “Pedro e o Lobo”



  • · uma lenda urbana: O pote de ouro no fim do arco-íris (não era exatamente uma lenda urbana, era mais um desejo pessoal...)



  • · um programa favorito: “Os Flintstones”






  • · um cheiro de infância: cheiro de bolo de laranja
  • · um gosto de infância: gosto de bolo de laranja
  • · um sonho de infância: ir para a Disney
  • · a profissão desejada: ser médica
  • · um brinquedo desejado: uma bicicleta









terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dra. Ivani fala sobre infância




O que você teve na sua infância e gostaria que o seu filho tivesse hoje?

Na minha infância tive minha mãe durante o dia todo ao meu lado, porque ela cuidava de mim, de minha irmã e de meu irmão. Sei que ela sacrificou muito da sua vida pessoal por conta deste trabalhão que nós demos, mas acho que o resultado foi muito bom, vendo hoje os adultos que nos tornamos.

Infelizmente não posso ficar com o meu filho todo o tempo que eu gostaria, pois muito do meu tempo eu dedico ao meu trabalho, o que não deixa de me gratificar. Mas sempre fica uma saudade do Fernando e uma vontade de ficarmos mais tempo juntos.


O que o seu filho tem hoje e você gostaria de ter tido na sua infância?

Meu filho tem a oportunidade de viajar comigo e com meu marido para lugares que eu nem imaginava que existiam quando eu tinha a idade dele. Já teve a oportunidade de nadar com golfinhos, de ver tubarões de pertinho, de experimentar sabores de outros lugares distantes daqui. A vivência que ele tem com seus nove anos está a quilômetros de distância daquela que eu tinha na mesma idade e a sensação de que as coisas são possíveis é inigualável. Com certeza ele terá a oportunidade de escolher mais opções para seu próprio futuro, pois terá muito mais conhecimento do mundo.


Definindo a infância num jogo rápido


  • · uma música da infância:


“ Por faaaavor. Pare agora. Senhoooor Juiz. Pare agora...” Roberto e Erasmo Carlos ( até dublei a Wanderléa na festa da escola. Afe!)


  • · uma propaganda na sua época de infância:


Casas Pernambucanas. A música era assim: ”Quem bate? É o frio. Não adianta bater, eu não deixo você entrar. As Casas Pernambucanas, é que vão aquecer o meu lar. Vou comprar flanelas, lãs e cobertores eu vou comprar, nas Casas Pernambucanas e não vou sentir o inverno passar”. Quem ouviu uma vez, nunca esquece.





  • · uma estória infantil:
Todas as estórias da coleção Disquinho, com aqueles vinis pequenos todos coloridos. Tinha e ouvia todos mil vezes na minha vitrola.(As mesmas estórias eu ouvi mil vezes de novo com o Fernando. Só que em CDs no carro)





  • · uma lenda urbana:


O homem do saco ( eu morria de medo dele, sem nunca ter visto)

  • · um programa favorito:


I Love Lucy, não perdia um episódio!

  • · um cheiro de infância:


De pão italiano que eu ia comprar em uma padaria e via tirar do forno, quase queimando a mão, de tão quente.

  • · um gosto de infância:


Bala Soft (que de soft não tinha nada, às vezes a gente engolia inteira e doía até o esôfago)

  • · um sonho de infância:


viajar de avião ( o que eu só fui fazer beeeem mais tarde)

  • · a profissão desejada:


sempre pensei em ser médica ( pediatra, foi só no final da faculdade)

  • · um brinquedo desejado:


Autorama (mas era de menino e eu nunca pedi)












segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dra. Lídia fala sobre infância







O que você teve na sua infância e gostaria que os seus filhos tivessem hoje?

Na minha infância eu pude brincar muito de pega-pega e esconde-esconde na rua de casa. Era uma época mais simples, menos perigosa. Não havia preocupação com assaltos, seqüestros e outros tipos de violência nos assombrando. É de brincar no campinho e na pracinha que me lembro com saudade e gostaria que minha filha tivesse um pouquinho disso, sem precisar ficar rodeada por muros e cercas.




O que os seus filhos têm hoje e você gostaria de ter tido na sua infância?

Fico admirada com a desenvoltura que as crianças atualmente têm com todos os instrumentos que a informática oferece. Na minha época para fazer um trabalho de escola, íamos à biblioteca e fazíamos as pesquisas nos livros. Então,se fosse possível,eu gostaria de ter tido acesso a todas as atuais facilidades de pesquisa para os meus trabalhos escolares.



Definindo a infância num jogo rápido


  • uma música da infância: Ben ( Jackson Five)




  • uma propaganda na sua época de infância: Cobertores Parahyba com a música: “ Tá na hora de dormir, não espere mamãe mandar. Um bom sono prá você e um alegre despertar”



  • uma lenda urbana: A loira do banheiro de escola( nem conheci o banheiro da escola)




  • uma estória infantil : A Bela Adormecida




  • um programa favorito: A Princesa ( Safiri) e o Cavaleiro




  • um cheiro de infância: Alfazema




  • um gosto de infância: Paçoquinha “AMOR”







  • um sonho de infância: Conhecer a Disney ( conheci já adulta)




  • a profissão desejada: Professora, é claro




  • um brinquedo desejado: Patins ( até hoje)








domingo, 9 de outubro de 2011

A infância segundo três pediatras - uma homenagem ao dia da criança



Nesta semana, o Pediatrio terá três publicações especiais, em homenagem ao Dia da Criança. Em cada uma das publicações, uma das três pediatras falará um pouco de sua infância, através de suas memórias desta fase tão gostosa da vida.

Não deixem de acessar e compartilhar conosco estas lembranças e pensamentos.


Ivani, Lídia e Janete


Ciência divertida para crianças






Eu conheci uma cientista maluca em uma festa! Isso mesmo, uma cientista maluca da Madscience. A Madscience (ciência maluca, em português) é uma empresa canadense que atua em escala global ensinando ciências de forma lúdica para crianças de 4 a 10 anos. Está presente em mais de 20 países e é certificada pelo Centro de Ensino da NASA.


Aqui em São Paulo, a Madscience trabalha em escolas, de forma extracurricular, ajudando na solidificação dos conhecimentos de ciências e física. As crianças aprendem brincando, pois participam dos experimentos ativamente (alucinadas).

Além das escolas, os cientistas malucos da Madscience também fazem “apresentações/experimentos” em acampamentos, hotéis e festas de aniversário (foi em uma festa de aniversário que eu conheci este trabalho). É incrível ver as crianças excitadas com o aprendizado que estão adquirindo e, sem dúvida, esta pode ser uma ótima escolha para animar um evento infantil.

Veja no vídeo abaixo um pouquinho desta experiência e, para obter mais informações, acesse o site www.madscience.com.br As crianças também podem curtir um pouco das experiências pela internet, na TV UOL, ou pela televisão, na TV Rá Tim Bum, no programa Física Divertida.













quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A importância dos brinquedos e brincadeiras na infância




Brincadeira é coisa séria! Além da diversão que a brincadeira proporciona, através dela, a criança aprende o que é ganhar e o que é perder. Ela também aprende sobre regras, sobre conviver em grupo e sobre respeitar.


Faz parte do crescimento saudável que a criança desenvolva um critério interno do que é certo e o que é errado, e à medida que a criança enfrenta os desafios das brincadeiras, ela aprende a lidar tanto com as frustrações como com as conquistas. Assim como brincar em grupo, a criança também precisa ter os momentos de brincar sozinha. Nestes momentos a criança exercita a sua imaginação. É comum observá-las em longos diálogos com um “amigo imaginário” ou imitando alguma situação que elas vivenciam no dia a dia.

Muitas vezes, já observei minha filha de três anos com um livro nas mãos, contando estórias para alguma boneca, repetindo uma prática diária em nossa rotina.

No mundo atual, em que o acesso às informações e às novidades atinge todas as crianças, desde a mais tenra idade, é muito importante ressaltar que os pais devem estabelecer critérios ao presentear os filhos. Por exemplo: datas como aniversário, dia das crianças e natal ou outra data especial em que elas sabem que receberão brinquedos. Pontuar estas datas representa um cuidado necessário para que as crianças não se sintam amadas apenas quando recebem os agrados materiais.

Guardar e zelar pelos brinquedos devem ser incentivados para que as crianças aprendam a valorizar o que é seu, estimulando assim, o sentimento de gratidão pelo que recebemos.

Então, brincadeira, além de ser coisa séria, também é coisa de gente grande.








domingo, 2 de outubro de 2011

Doença do refluxo gastroesofágico


Ilustração: Claudia Marianno

No final do esôfago, na transição com o estômago, existe uma válvula que impede que o conteúdo ácido do estômago volte para o esôfago. Esta válvula tem períodos de relaxamento, que podem ocorrer normalmente algumas vezes ao dia, permitindo que o conteúdo do estômago reflua para o esôfago. Em bebês até um ano de idade, o refluxo pode ser fisiológico, ou seja, não representar uma doença. Portanto, quando o bebê regurgita, mesmo que de uma forma freqüente, isto é normal. Chamamos esta manifestação de refluxo gastroesofágico e ocorre de forma mais freqüente em bebês pequenos, pelo fato de serem alimentados apenas com líquidos e permanecerem deitados a maior parte do tempo, facilitando a volta do conteúdo do estômago para o esôfago.

Existe uma condição em que o refluxo passa a ser patológico. É a chamada doença do refluxo gastroesofágico. O que diferencia a condição normal de refluxo da condição patológica são as conseqüências deste refluxo na criança. Há três situações que seriam consideradas patológicas:

A criança vomita grandes quantidades de leite o dia todo e não consegue ganhar peso por este motivo. Esta é a situação menos freqüente.
O bebê começa a mamar e, poucos minutos depois, começa a chorar, jogando a cabeça para trás formando um arco com o corpo, de tanta dor. Nesta situação, pode nem haver regurgitação ou vômito. Só muita dor.
O bebê regurgita ou vomita muitas vezes e tem muita dor ao mesmo tempo.

Nestas situações, há necessidade de se medicar a criança, pois a dor incomoda muito e impede que as mamadas sejam tranqüilas e com uma rotina. Ocorrem, com freqüência, mamadas curtas, pois a dor as interrompe. O bebê acaba não conseguindo mamar até o final e dormir direito, acordando e apresentando fome antes da hora. A rotina passa a não existir.

A doença do refluxo gastroesofágico não é rara, porém, na grande maioria dos casos, só se inicia após um mês de vida (é lógico que há exceções). Se estas situações lhe soam familiares, não deixe de comentar com seu pediatra.









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