domingo, 31 de julho de 2011

Lugar de TV não é no quarto





Dificuldade para pegar no sono, pesadelos, sono interrompido durante a noite, problemas para acordar de manhã. Estes são alguns dos tipos de problemas encontrados por pesquisadores que estudaram a influência do tempo de TV e seu conteúdo sobre o sono das crianças.

Foram estudadas mais de 600 crianças entre 3 e 5 anos de idade e concluiu-se que assistir TV durante o dia não influenciava o sono, a menos que houvesse conteúdo violento. Neste caso, o sono acabava prejudicado. Já durante a noite, independente do conteúdo assistido, havia influência negativa sobre o sono.

Neste estudo, crianças que tinham TV no quarto assistiram à televisão por mais tempo durante a noite e mais conteúdo violento durante o dia.

Já se sabe, por meio de outros estudos, que as crianças que têm seu sono interrompido freqüentemente, acabam muitas vezes desenvolvendo obesidade, problemas de comportamento e piora no rendimento escolar. O sono é importante para a sedimentação do conhecimento adquirido durante o dia, com influência direta sobre a memória.

Portanto, imaginar que assistir a um filminho só ajuda a relaxar e dormir, na verdade, só ajuda a atrapalhar o sono dos pequenos. Definitivamente, lugar de TV não é no quarto. Que tal ler um livro para seu filho na hora de dormir?









quinta-feira, 28 de julho de 2011

Bebês precisam de oftalmologista?




Dos cinco sentidos humanos, é a visão o sentido que se desenvolve a partir de estímulos externos. A criança não nasce sabendo enxergar, ela “aprende” a enxergar.

O desenvolvimento visual se inicia ao nascimento, cerca de 90% da visão se desenvolve até os 2 anos de vida e o restante se completa até os 8-9 anos.

O olho está intimamente ligado ao cérebro e para haver um desenvolvimento normal da visão são necessárias boas condições anatômicas e fisiológicas do sistema visual, ou seja, olho, vias ópticas e centro da visão no cérebro em perfeitas condições.


O primeiro exame oftalmológico da criança já acontece na maternidade. O exame do olhinho permite diagnosticar patologias e especialmente avaliar se não há qualquer obstrução a passagem de luz para que a criança desenvolva a sua visão, uma vez que a criança precisa “ver” e captar os estímulos visuais para desenvolver este sentido.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que o acompanhamento oftalmológico seja semestral até os 2 anos e, a partir daí, anualmente até os 10 anos de vida.

Mesmo sem falar, a criança nos seus primeiros anos, pode ser avaliada e muitas anormalidades podem ser corrigidas, quando diagnosticadas precocemente.

Além dos diagnósticos comuns de miopia, astigmatismo e hipermetropia, o exame com o oftalmologista avalia a presença de ambliopia (olho fraco), obstrução do canal lacrimal, catarata, malformações congênitas e tumores, como o retinoblastoma.

Ocasionalmente, na presença da ambliopia, o uso de tampão ocular pode ser indicado para garantir o desenvolvimento visual do olho mais fraco. A ambliopia nem sempre é percebida pelos pais, pois a criança fica enxergando com um só olho e a visão do outro não se desenvolve. Muitas vezes, a criança não gosta do tampão, mas o incentivo dos pais é fundamental para que o tratamento seja instituído o quanto antes e mantido pelo tempo necessário para a correção total.

Se for indicado o uso de óculos, as armações devem ser confortáveis, com lentes inquebráveis e de preferência com material resistente a riscos. É importante lembrar que a criança aceita melhor o uso de óculos quando ela pode participar da escolha da armação que lhe agrade.








domingo, 24 de julho de 2011

Vovôs e vovós são bons motoristas?






Avôs e avós frequentemente nos ajudam muito com nossos filhos (faço aqui um parêntese particular em homenagem aos meus pais porque, sem a ajuda deles, não sei o que seria de mim e do meu filho Fernando). E, junto com a ajuda, muitas vezes os vovôs e vovós dirigem com as crianças, sendo que muitos deles já estão em idade avançada.

Um novo estudo publicado na revista médica “Pediatrics” deste mês avaliou a segurança de crianças que são passageiros de seus avós. A hipótese inicial seria de um risco maior de acidentes, porém, o que se encontrou na verdade foram crianças mais seguras em uma batida quando os avôs ou avós estavam ao volante.


Neste estudo foram examinados registros de acidentes de automóveis em cinco anos, incluindo mais de 200.000 crianças. Apenas 9,5% dos motoristas eram os avós, sendo que o restante eram os pais. Mesmo assim, apenas 6,6% resultaram em lesões corporais. Observou-se que em todos os acidentes as crianças estavam restritas no carro, mas, nos carros dos avós, a restrição nem sempre era a ideal. Apesar disto, nos carros dos avós, as crianças têm metade do risco de sofrer lesões em acidentes do que no carro dos pais.

O que os autores concluíram neste estudo é que os avôs e avós dirigem com mais cautela porque carregam uma “bagagem preciosa” a bordo. Ao mesmo tempo, a restrição das crianças deveria ser melhorada. Veja no nosso post de junho Segurança para transportar as crianças nos veículos, como é a restrição ideal para seus filhos.

Nós, pais, devemos levar um “puxão de orelha” por termos perdido feio na comparação com os avós e refletir sobre como estamos dirigindo com nossas crianças no carro, vocês não acham?








quinta-feira, 21 de julho de 2011

Diálogos entre pais e filhos





Será que você já ouviu estas frases?

“- Meu filho não me ouve!”

“- Minha mãe não me entende!”

“- Meu pai não me escuta!”

A dificuldade de comunicação entre pais e filhos é muito freqüente e há vários fatores que podem contribuir para isto, como as características individuais de personalidade, diferenças de idade e experiências vividas. Em um diálogo, as duas partes precisam participar, algumas vezes falando e outras vezes ouvindo, caso contrário, o diálogo se transformará em um monólogo ou pior, em uma discussão...

Há algum tempo, li um livro muito interessante que foi indicado pelos orientadores educacionais da escola onde meus filhos estudam. O livro se chama: “Como falar para seu filho ouvir e como ouvir para seu filho falar”. As autoras são Adele Faber e Elaine Mazlish, duas psicólogas americanas que descrevem a experiência adquirida em encontros com pais, crianças, adolescentes, educadores e profissionais da saúde. É claro que não há nenhuma fórmula mágica para resolver as nossas dificuldades de diálogo e, no final das contas, cada um precisa encontrar a sua própria fórmula, mas sempre podemos aprender com a experiência dos outros.

Então, aqui vai a dica de uma leitura interessante, ilustrada com quadrinhos e o mais importante, que nos dá a oportunidade de refletir sobre como estamos interagindo com os nossos filhos.

No “Google books” há um amostra do livro, segue o link:

http://books.google.com.pe/books?id=aIDVbGyrc7EC&pg=PA29&hl=en&source=gbs_selected_pages&cad=3#v=onepage&q&f=false







quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vulvovaginite na infância


Vulvovaginite é uma inflamação que ocorre na vulva e na vagina. Nos consultórios pediátricos, não são raras as queixas ginecológicas tais como vermelhidão, coceira e corrimento nas meninas desde a mais tenra idade. A região genital das meninas é muito delicada e requer cuidados de higiene para evitar esta inflamação. A maioria das alterações relacionadas à vulvovaginite na infância possui uma causa benigna, respondendo bem à simples remoção do agente irritante.

A pele dos grandes e dos pequenos lábios está sujeita às mesmas adversidades da pele de outras regiões do corpo. O eritema ou vermelhidão da pele, com ou sem corrimento associado, está relacionado à exposição a agentes irritantes locais, como sabonetes, cremes, produtos utilizados para lavar as roupas íntimas, além de resíduos de fezes e urina. Para se tratar as vulvovaginites por fatores irritantes, são indicados:


  •  Lavar a região perineal generosamente com água após as evacuações.
  •  Trocar as fraldas com freqüência, evitando o contato prolongado com urina e fezes.
  •  Não utilizar amaciantes para lavar as roupas íntimas.
  •  Utilizar apenas roupas íntimas de algodão.
  •  Evitar roupas de nylon, lycra ou similares, que impedem a livre circulação de ar.
  •  Retirar cuidadosamente resíduos de pomada da região vulvovaginal.


 A vulvovaginite também pode vir acompanhada de coceira e corrimento. A maioria dos casos de corrimento vaginal nas meninas pré-púberes está relacionada à ação dos irritantes primários e à falta de uma adequada higiene local.

 Geralmente, as medidas citadas anteriormente já são suficientes para resolver o problema, mas havendo persistência do corrimento ou presença de odor fétido, o pediatra pode solicitar a coleta do material para realização de cultura e identificação do microorganismo e posterior indicação de tratamento específico local.

 Há situações em que parasitas e corpos estranhos podem causar vulvovaginite. Alguns vermes, como o oxiúro (enterobios vermicularis), podem migrar do ânus para a região da vagina, causando prurido mais intenso à noite. Corpos estranhos na vagina são outra causa relativamente comum de corrimento vaginal, especialmente corrimentos recorrentes com odor fétido ou sangramento intermitente. Os corpos estranhos mais comuns são pedaços de papel higiênico, parte de brinquedos, entre outros. Na maioria dos casos, estes objetos são inseridos pela criança enquanto ela explora o intróito vaginal, de modo similar ao que ocorre com corpos estranhos nos ouvidos e nariz. 

Apesar de ser comum em meninas, a vulvovaginite pode ser causa de muita irritação e desconforto local, por isso, o pediatra pode precocemente identificar as causa, conduzir o melhor tratamento e orientar as medidas preventivas para evitá-la.







domingo, 10 de julho de 2011

Alergia alimentar x Intolerância alimentar




Algumas pessoas podem sentir-se mal ao comerem um determinado alimento. Isto poderá ocorrer porque elas não conseguem digerir adequadamente o alimento ou porque elas têm uma alergia a ele. Alergia alimentar e intolerância alimentar são freqüentemente confundidas, mas sua origem, os sintomas decorrentes de ambas, bem como o seu tratamento são bastante diferentes.

Alergia alimentar: o organismo de algumas pessoas reconhece alguns alimentos como estranhos e nocivos e desencadeia-se a formação de anticorpos contra este alimento. Estes anticorpos permanecem na circulação para sempre e, quando a pessoa ingerir o alimento novamente, será desencadeada uma reação alérgica, com a liberação de histamina, uma substância que causa os principais sintomas de alergia. Os sintomas podem ser imediatos ou aparecer horas após a ingestão do alimento, podendo variar de local e de intensidade. Pode ocorrer acometimento da pele, do trato respiratório ou gastrointestinal. Sintomas como vômitos, diarreia, dor abdominal, tosse, asma, urticária podem aparecer em decorrência de alergia alimentar. É o que acontece, por exemplo, com quem tem alergia a camarão e apresenta placas vermelhas pelo corpo após comer este alimento.

Intolerância alimentar: esta condição não envolve a produção de anticorpos. Na intolerância existe uma dificuldade na digestão do alimento. O exemplo mais freqüente é a intolerância à lactose, que é um açúcar do leite de vaca. Alguns indivíduos têm deficiência na enzima lactase, que digere a lactose do leite. Com isto, ao ingerir leite ou alimentos contendo leite de vaca, a lactose que não é digerida sobra no intestino, causando sintomas de gases, distensão e dor abdominal.

Ter alergia ou ter intolerância pode fazer uma grande diferença quando se quer tratar o indivíduo. Na alergia, a pessoa necessita se afastar totalmente do alimento. Na intolerância, algumas vezes é possível ingerir pequenas quantidades sem ter sintomas.

Falarei em breve sobre a alergia ao leite de vaca e a intolerância à lactose, explicando um pouquinho mais sobre cada uma destas condições.






quinta-feira, 7 de julho de 2011

Os cuidados no local do descanso






Comumente as crianças passam grande parte das horas dormindo e para evitar acidentes durante estes momentos de descanso, há algumas medidas preventivas que devem ser consideradas no ambiente do quarto.

PREVENINDO QUEDAS

-O berço é o móvel ideal para o bebê dormir, por ser o local mais seguro, no qual ele está protegido de cair ao despertar ou mesmo ao se movimentar. A cama dos pais, ainda que cercada de almofadas ou travesseiros, não oferece a mesma segurança. E mesmo que o bebê esteja ainda numa idade que não consiga rolar, ele rapidamente adquire habilidades motoras, por isso, é melhor já acostumar a mantê-lo sempre em local seguro, ou seja, no berço.

-A grade lateral precisa estar sempre elevada e travada duplamente em cada lado, para impedir que o bebê pule ou se jogue para fora do berço. Por esta razão, o estrado do berço deve ser abaixado conforme a criança cresce.

-A distância entre as barras verticais da grade tem de ser pequena, de forma que impeça a passagem do bebê por esta lacuna, ou mesmo que fique com a cabeça ou membros presos neste espaço. Recomenda-se o uso de protetores de berço que evitam acidentes nos vãos entre as grades. Porém, quando seu bebê já conseguir ficar em pé segurando na grade (por volta de 10 meses) ele pode usar o protetor como degrau e corre o risco de cair de dentro do berço. Nesta hora, talvez seja melhor retirar o protetor. Além disto, protetores de berço muito volumosos, ou seja muito acolchoados, podem representar risco de sufocamento para o bebê. Hoje, nos Estados Unidos, existe a recomendação de não se utilizarem mais os protetores de berço, nem mesmo travesseiros, cobertas ou bichos de pelúcia. O bebê fica no berço vazio.

PREVENINDO ACIDENTES DE SUFOCAÇÃO

-Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora. O colchão deve estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão).


-O travesseiro ideal é o anti-sufocante, com pequenos furos, que permitem a respiração. Porém, para recém-nascidos, não é necessário usar nenhum travesseiro.


- Convém reforçar que a posição ideal para os bebês serem colocados no berço é de barriga para cima, ou de lado. A posição ventral, ou seja, de bruços foi contra indicada desde 1992 pela Academia Americana de Pediatria, por ser apontada como uma das causas da Síndrome da Morte Súbita na Infância. Desde que as Entidades Médicas passaram a fazer esta recomendação ao redor do mundo, a incidência desta Síndrome caiu mais de 50%. Se você colocar seu bebê de lado, deverá ter certeza absoluta de que ele não virará de bruços. Para isto, poderá ser necessário usar calços ou espumas que o mantenham na posição adequada.

-No momento de dormir é recomendável retirar correntinhas ou cordões do pescoço do bebê, pois podem enroscar e provocar sufocação.

-Também brinquedos como bichos de pelúcia e quaisquer objetos que possam interferir na respiração do bebê e até provocar asfixia, devem ser retirados de dentro do berço na hora de dormir.









domingo, 3 de julho de 2011

Sai a pirâmide, entra o prato




Quem não se lembra da pirâmide alimentar, que ensina as proporções ideais de alimentos que devem ser consumidos por dia? Até hoje ela é ensinada às crianças nas escolas. Mas, cá para nós, na hora de fazermos nosso prato ou o prato de nossos filhos, a pirâmide alimentar vem à mente? Acho que poucas pessoas respondem sim a esta questão.

Com base neste dilema e na grande quantidade de pessoas obesas, entre elas muitas crianças, o governo americano, encabeçado pela primeira dama, Michelle Obama, lançou no início de junho uma campanha que tem como ícone um prato. Nele, há quatro divisões não totalmente simétricas, que mostram os alimentos que devem compor a dieta diária mais adequada. O objetivo principal é fazer com que os indivíduos gravem de forma fácil as proporções de alimentos a serem consumidos.

Metade do prato se constitui de frutas e vegetais, o que já é um bom começo. A outra metade contém grãos e proteínas. Ainda há um círculo representando alimentos lácteos.

Além do prato há as seguintes recomendações:

Aproveite sua refeição, mas coma menos


Evite porções grandes


Faça metade do seu prato com frutas e vegetais


Troque o leite integral para desnatado ou semi-desnatado


Utilize pelo menos metade de grãos integrais


Compare a quantidade de sal em alimentos como sopas prontas, pão, alimentos congelados e escolha aqueles com menor teor de sal


Beba água ao invés de bebidas adoçadas

A mim, me pareceu mais fácil de lembrar, ao preparar meu próprio prato. E para você, ajudou? Se tiver interesse, visite o site criado para a campanha My Plate, que contém mais informações sobre este projeto.

http://www.choosemyplate.gov/







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