quinta-feira, 30 de junho de 2011

Suplementação de Vitaminas na infância


Muito comumente os pais, preocupados com o bom desenvolvimento de seus filhos, trazem ao consultório pediátrico dúvidas sobre a necessidade de suplementação vitamínica.

É importante lembrar que na alimentação encontramos a grande maioria das vitaminas necessárias para o bom funcionamento do nosso organismo. Em algumas fases da vida, contudo, a suplementação com algumas vitaminas pode ser necessária.

Logo após o nascimento, os bebês recebem uma injeção de vitamina K. Esta vitamina é muito importante para o processo de coagulação, evitando as hemorragias no período neonatal. A vitamina K é aplicada na maternidade ainda na sala de parto. .

A Vitamina D é também indicada desde cedo. Ela é uma vitamina essencial para que as crianças tenham ossos e dentes fortes, pois regulam a absorção de minerais como o cálcio. Sua fonte provém dos raios solares incidindo na pele e estimulando a produção de vitamina D. Como nem sempre o banho de sol é possível como rotina diária e o uso de protetor solar se faz necessário, suplementamos a Vitamina D através de gotinhas diárias até os dois anos de vida.

A vitamina A ajuda no desenvolvimento da visão da criança e na integridade da pele e, para facilitar o seu uso na administração diária, está associada com a vitamina D.

Demais vitaminas como a vitamina C, vitamine E e as vitaminas do complexo B, além do ferro e outros micros elementos são fornecidas na alimentação, desde o leite materno, passando pelo suco de frutas naturais, papa de frutas e papa de legumes, verduras e proteína animal.

Algumas outras situações particulares, como fase de crescimento rápido, fase da adolescência, época de menarca nas meninas (início da menstruação), fase de convalescença de alguma enfermidade crônica, hábitos familiares estritamente vegetarianos, entre outras circunstâncias, podem exigir uma suplementação vitamínica. Nestes casos, é o pediatra quem prescreve e orienta quanto à forma e o tempo de uso, pois já se sabe que a suplementação além do necessário pode levar a distúrbios de hipervitaminose, com conseqüências para a saúde.

Por fim, uma modalidade de vitaminas mastigáveis surgiu há alguns anos no exterior e vem chegando também no Brasil. Elas têm cor, aroma, formato e sabor que agradam as crianças e por isso, os pais se sentem estimulados a adquirirem estas vitaminas, mesmo sem orientação médica.

Mais uma vez, vale reforçar que a alimentação balanceada tem os elementos necessários para um bom desenvolvimento da criança e apenas em algumas situações identificadas pelo pediatra, a suplementação vitamínica tem indicação.






domingo, 26 de junho de 2011

As vantagens do cérebro bilíngüe



A neurocientista Dra. Ellen Bialystok, da Universidade York em Toronto, Canadá, passou quase 40 anos estudando como o bilingüismo aguça a mente. Seu trabalho foi reconhecido no ano passado, com o prêmio Killam, de US$100mil, por suas contribuições à ciência.

Todos os cérebros possuem um sistema de controle executivo. Este sistema mantém o indivíduo com foco no que é relevante, ignorando as distrações. Além disto, ele permite que a pessoa mantenha duas coisas diferentes na cabeça, pense em uma delas e troque para a outra quando necessário.



A Dra. Ellen demonstrou em seu estudo, que o cérebro de bilíngües tem este sistema mais desenvolvido. Isto ocorre porque, se o indivíduo sabe duas línguas e as exercita regularmente, cada vez que ele fala, ambas as linguagens aparecem e o sistema executivo escolhe o que é relevante no momento. Também foi comprovado neste estudo, que bilíngües se saem melhor em multitarefas, pois, para tal, há ação direta do controle executivo cerebral.

Através de técnicas avançadas de neuroimagem concluiu-se que as conexões cerebrais dos que falam uma única língua e dos bilíngües são diferentes e, para resolver um determinado problema, são usados sistemas diferentes no cérebro. No caso dos bilíngües, a neuroimagem mostra que os centros da linguagem são utilizados mesmo para resolver problemas não verbais, o que os torna mais rápidos.

Por fim, o estudo da Dra. Ellen se estendeu a 400 pacientes com Doença de Alzheimer e , em média, observou-se que a doença apareceu cinco a seis anos mais tarde em pacientes que eram bilíngües do que naqueles que falavam uma única língua. Isto não quer dizer que os bilíngües não têm Alzheimer, mas sim que até que a doença se infiltre em seus cérebros, eles podem lidar com a doença por mais tempo.

Confesso que, ao matricular meu filho em uma escola bilíngüe, aos 4 anos ( hoje ele tem 9), não sabia destas vantagens e meu objetivo era apenas poder dar a ele a condição de aprender uma outra língua de forma mais natural. Não posso deixar de ficar feliz ao perceber que minha escolha foi acertada, não só pela facilidade com que ele se comunica hoje, mas pelas vantagens descobertas pela Dra. Ellen.






quinta-feira, 23 de junho de 2011

Diferentes Tipos de Termômetros

A palavra termômetro vem do grego “thermo” que significa quente e “metro” que significa medida. Termômetro é, portanto, o instrumento que mede a temperatura.
Para verificar com precisão a temperatura, principalmente no cuidado de crianças pequenas, o uso do termômetro é essencial. Se você ainda não tem um, inclua esse item na sua farmácia doméstica, sempre tomando o cuidado de mantê-lo longe do alcance das crianças.
Com a variedade de termômetros disponíveis no mercado hoje em dia, qual tipo a ser comprado e como utilizá-lo são as principais dúvidas de pais e mães.


Os tradicionais termômetros de mercúrio já não são recomendados devido aos riscos relacionados à liberação deste metal no ambiente. Quando este tipo de termômetro se quebra, o mercúrio vaporizado pode ser inalado com sérias conseqüências para a saúde, por isso, tem surgido no mercado uma grande variedade de termômetros digitais.
A precisão na medição da temperatura varia de acordo com o tipo de termômetro.





Os termômetros digitais utilizam sensores de calor eletrônicos para o registro da temperatura do corpo. No Brasil, a temperatura é medida na região da axila (em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo, a temperatura oral é muito utilizada).
Quando a medição é axilar, o cuidado é para que o sensor fique em contato com a pele e não com as roupas, impedindo a exata medição da temperatura corporal. Aguarda-se o apito e a temperatura está registrada. Se, por acaso, você ainda utiliza termômetro de mercúrio, deve deixá-lo na axila por cinco minutos para poder ler a temperatura.




Os termômetros auriculares ou timpânicos são outra opção prática e rápida tanto para os bebês como para as crianças maiores. Este tipo de termômetro utiliza raio infravermelho para medir a temperatura no interior do canal auditivo. Se você for comprar um termômetro deste tipo, certifique-se de que há conversão para graus Celsius, pois uma boa parte deles só mostra a temperatura em graus Farenheit. Os pais que usam termômetros axilares costumam ficar espantados com a rapidez e facilidade na medição da temperatura com o termômetro auricular.






Outra opção, ainda não totalmente validada quanto a sua confiabilidade, é o termômetro da artéria temporal, que utiliza um scanner infravermelho para medir a temperatura da artéria temporal na testa da criança.






Há ainda o termômetro digital tipo chupeta, de fácil uso para os bebes, sendo, contudo menos preciso.


Considera-se febre a temperatura axilar acima de 37,3° C. Se a temperatura medida for retal, oral ou auricular, ela é 0,5°C mais alta do que a axilar da mesma pessoa.
Seja qual for o método, certifique-se de ler atentamente as instruções que acompanham o termômetro. Após cada uso, limpe a extremidade do termômetro com álcool ou sabão e água morna. Por razões de segurança e para certificar-se que o termômetro permaneça no lugar, nunca deixe a criança sozinha enquanto estiver aferindo a sua temperatura.
Se você deseja obter um termômetro único, ou seja, de uso geral para toda a família, o termômetro digital regular é provavelmente a melhor opção.








domingo, 19 de junho de 2011

O poder da música

As mães ao longo dos tempos e nas mais diferentes culturas cantaram e até hoje cantam canções de ninar para seus filhos, embalando as crianças para acalmá-las. A música pode não ser essencial para nossa sobrevivência, mas, por motivos ainda desconhecidos, nosso cérebro responde à música de forma surpreendente.
Quando a música entra no sistema nervoso central através do nervo auditivo, a maior parte do estímulo é processada no cérebro. Porém, uma parte deste estímulo auditivo atua direto nos nervos motores na medula espinhal. Isto permite aos nossos músculos se moverem no ritmo sem termos que pensar sobre isto. Quer um exemplo? Você nunca se pegou batendo o pé no ritmo de uma música, mesmo que esteja realizando outra tarefa? Ou cantarolando uma música enquanto anda e, sem querer, perceber que está acompanhando o ritmo da música?


Os pais sabem que é natural para as crianças dançarem e cantarem bem cedo. Muitos já começam a dançar antes mesmo de “assoprar a primeira velinha”!
Vocês já viram o bebê dançando ao ritmo de Beyonce? Veja o vídeo:







Em certa ocasião eu estava com meu filho em uma livraria para ouvir uma contadora de histórias. Juntas estavam umas 30 crianças, pulando, gritando, rindo e chorando ao mesmo tempo. Eu pensei: “Vai ser uma missão impossível chamar a atenção de todos juntos...” Pois bem, a contadora de história (Chiara Terra, ótima profissional), começou a cantarolar em voz alta, como se fosse o canto de uma sereia. Impressionante! As crianças ficaram paralisadas olhando para ela, como se fosse uma mágica! E eu, lógico, paralisei junto, de ver o poder da música sobre os pequenos. Quer um exemplo deste poder?

Veja o vídeo do bebê ao som do reggae:






Utilize a música no dia a dia com seus pequenos. Cante e dance com seus filhos. No mínimo, seu dia vai ficar mais alegre.












quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vacinação contra o sarampo





O que é o sarampo?
É uma doença causada por um vírus, que se manifesta com erupções cutâneas (manchas avermelhadas na pele, também chamadas de exantema), febre, coriza, mal-estar geral, conjuntivite, tosse. Há uma inflamação de todo o trato respiratório alto (nariz, faringe, amigdalas) que pode progredir para os pulmões. É uma doença potencialmente grave principalmente em crianças.

O Ministério da Saúde define como caso suspeito de sarampo: “Todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo caso suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior”.
(Guia de Vigilância Epidemiológica/ SVS/MS/Devep.- 7ª ed.- Brasília: Ministério da Saúde, 2009).


Como se adquire o sarampo?
A doença é transmitida de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias que são eliminadas pelo doente quando ele tosse, fala, respira ou espirra. É uma doença muito contagiosa e a transmissão pode ocorrer em locais públicos onde haja uma pessoa doente. A transmissão é ainda maior em ambientes fechados como escolas e creches.

Como se previne o sarampo?
A prevenção é feita com a vacina contra o sarampo, a qual já faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização. Para crianças até 6 anos de idade, a primeira dose é feita com 1 ano de idade, sendo necessário um reforço entre 4 e 6 anos de idade. A vacina contra o sarampo é aplicada juntamente com a vacina contra a caxumba e a rubéola (vacina tríplice viral ou MMR que em inglês significa Measles, Mumps, Rubella). Isto quer dizer que as crianças que estão com a carteira de vacinação em dia estão protegidas contra o sarampo. Se o seu filho tem menos de 1 ano de idade e tiver contato com algum caso suspeito de sarampo ou se estiver planejando uma viagem internacional, procure orientação médica.

Para as crianças maiores de 7 anos e adolescentes até 19 anos que não tomaram a vacina anteriormente, é necessário aplicar uma dose da vacina e uma dose de reforço 2 meses após. Já para os adultos entre 20 e 59 anos que não foram vacinados anteriormente, recomenda-se a aplicação de uma dose da vacina.

Devo me preocupar com o sarampo no Brasil?
Em abril de 2011, a Organização Mundial de Saúde informou que havia uma intensa circulação do vírus do sarampo na Europa. Hoje, o sarampo já está presente em 30 países da União Européia, sendo que a França é o país com maior número de casos, tendo notificado quase 5000 casos no primeiro trimestre de 2011. Há também a confirmação de surtos na Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos, Chile e Argentina.

Em épocas de feriados prolongados e férias, há um maior deslocamento de pessoas entre os continentes e, por este motivo, temos uma maior possibilidade de disseminação do sarampo entre os países. Por este motivo, foram reforçados os alertas para os casos suspeitos de sarampo para que se assegure a interrupção da circulação do vírus.

No Brasil, em 2010 foram notificados surtos de sarampo em três estados: Pará, com três casos; Rio Grande do Sul, com confirmação de oito casos; Paraíba, com 61 casos, não tendo ocorrido nenhum caso fatal. Em 2011, até o momento, foram identificados três casos confirmados de sarampo em território brasileiro, todos relacionados à importação do vírus circulante na Europa. Um dos casos ocorreu no estado de São Paulo.

Com todas estas evidências do retorno do sarampo no mundo e no Brasil, precisamos sim nos preocupar com o sarampo e a melhor forma de controlar a disseminação é prevenir a doença. Se o seu filho estiver com as doses atrasadas, procure o seu pediatra ou vá a um posto de saúde para colocar as doses em dia. Afinal, todos nós sabemos que o melhor tratamento é a prevenção.





domingo, 12 de junho de 2011

A equação do colesterol

Ilustração: Claudia Marianno

Sem dúvida alguma, a prevenção é a chave da vida longa e com qualidade. Atualmente o pediatra tem a prevenção como base importante em sua atuação.

Os níveis sanguíneos de colesterol, por estarem envolvidos na ocorrência de infartos e derrames, passaram a ser monitorados de perto. E, hoje, a determinação destes níveis , já se inicia na infância.


Mas, afinal, o que é o colesterol? O colesterol é uma substância gordurosa produzida no fígado. É uma das gorduras, ou lipídeos, que o organismo necessita para produzir hormônios e as membranas das células. O nível de colesterol total medido na coleta de sangue é resultado da seguinte equação:

Colesterol ingerido + Colesterol produzido – Colesterol queimado = Colesterol total
Os fatores desta equação representam o seguinte:

Colesterol ingerido: é proveniente de alimentos como gema de ovo, carnes, frutos do mar, alimentos lácteos como leite, queijos e sorvetes.

Colesterol produzido: supondo que uma pessoa não ingerisse NADA de gordura em sua dieta, mesmo assim, seu fígado produziria colesterol, a partir de outros alimentos ingeridos. Isto ocorre pela necessidade de se utilizar colesterol, por exemplo, na produção de hormônios.

Colesterol queimado : o exercício ajuda a baixar os níveis de colesterol e está altamente recomendado para ajudar no seu controle.

Não raramente vejo crianças magras, que têm alimentação saudável e são ativas, com níveis de colesterol aumentados para sua idade. E os pais questionam o porquê disto ocorrer. Se olharmos para a equação acima, veremos que, se o colesterol é ingerido pouco e queimado muito, níveis aumentados só podem acontecer por uma produção interna maior, decorrente da genética do indivíduo. Nestes casos, é necessário que o controle da ingestão e a queima de gorduras continuem bem controlados, para não haver piora nos níveis.

Porém, ao nos depararmos com resultados aumentados de colesterol em nossos filhos, um exame detalhado na dieta da criança, com a substituição de alimentos calóricos por alimentos com menos gordura se faz necessário. Observar o tipo de alimento ingerido em casa, os lanches da escola, o excesso de leite, achocolatados, frituras, substituindo por mais frutas, vegetais e cereais. E incentivar mais exercícios físicos, menos horas em frente ao computador e televisão, que acabam tomando conta de quase todo o tempo livre dos pequenos.

Precaução: Antes de implantar qualquer mudança radical na dieta ou nos hábitos de atividade física de sua criança, converse com seu pediatra, para não haver prejuízos por falta de nutrientes importantes ao seu desenvolvimento.









quinta-feira, 9 de junho de 2011

O peso das mochilas escolares






Enquanto nossos filhos são pequenos, conseguimos fazê-los usar as mochilas de rodinhas. Em geral, nesta fase, a quantidade de material não é tão grande. Porém,quando eles crescem, não querem mais usar as tais mochilas e, como se fosse uma atitude que os diferenciassem dos pequenos, passam a utilizar as mochilas nas costas. Ao mesmo tempo, para piorar as coisas, a quantidade de material que é transportado aumenta muito. Infelizmente, nem todas as escolas possuem armários individuais, para evitar o transporte diário de tamanho peso.

Carregar nas costas um peso muito grande pode causar tensão muscular no pescoço e nos ombros. Com isto, haverá uma tendência a compensação, causando uma distorção nas curvaturas naturais do meio da coluna e da região lombar, além de um arredondamento dos ombros. Se, além disto, a mochila for carregada apenas em um dos ombros, haverá uma tensão muscular grande para compensar o peso desigual. Com isto, a coluna vertebral se curvará para o lado oposto, sobrecarregando os músculos do meio das costas, das costelas e da região lombar. O peso também pode puxar a musculatura do pescoço, causando dor de cabeça, dos no pescoço e dor no braço.

Um estudo recente realizado na Universidade da Califórnia, em San Diego, Estados Unidos, conseguiu mostrar com exames de ressonância magnética, a compressão causada nos discos intervertebrais ( que são uma espécie de coxim entre os ossos que formam a coluna). Principalmente na parte mais baixa da coluna, a altura dos discos se torna bem menor, refletindo a grande compressão sofrida, piorando conforme o aumento da carga e correspondendo à queixa de dor.

A Academia Americana de Pediatria recomenda que se utilize o limite de 10% a 15% do peso corporal para ser carregado nas mochilas. A partir deste peso, a carga imposta sobre a coluna poderá desencadear dores nas costas. Portanto, uma criança de 30 kg, deveria carregar de 3 kg a 4,5 kg no máximo. E, em hipótese alguma, levar a mochila em um ombro só.







domingo, 5 de junho de 2011

Ergonomia para crianças


Neste mundo cheio de atrações tecnológicas, é muito comum ver crianças que, já na primeira infância, estão mexendo com muita familiaridade em computadores, videogames e afins. É impressionante observar o fascínio que estes aparelhos exercem sobre as crianças e claro, sobre os adultos também. Eu confesso que também sou fascinada por estes aparelhinhos... Mas há o outro lado da moeda, pois são cada vez mais freqüentes as lesões nos olhos, mãos, punhos, costas e coluna vertebral causadas pelo mau uso ou pelo uso exagerado do computador.

A palavra ergonomia vem de duas palavras gregas: “ergon” que significa trabalho e “nomos” que significa “leis”. Ergonomia seria a ciência que descreve a adaptação dos instrumentos, condições e ambiente de trabalho às capacidades psicofisiológicas, antropométricas e biomecânicas do homem. Em outras palavras, a tarefa deve se adaptar ao homem e não o contrário.

Oferecer às crianças condições ergonômicas para o uso do computador, previne o aparecimento de lesões e também desperta o interesse pelos bons hábitos e pela ergonomia desde cedo.

Algumas dicas ergonômicas para o uso do computador:


  • O monitor deve ficar na altura dos olhos da criança ou um pouco abaixo da linha dos olhos. Se não for possível abaixar o monitor, podemos elevar o assento usando uma almofada ou travesseiro.

  • As costas devem ficar bem apoiadas. Se necessário, podemos usar almofadas ou um travesseiro nas costas da criança.

  • Os joelhos devem estar em posição neutra, num ângulo de 90º a 120º e os pés não devem ficar soltos no ar, pois isto prejudica o equilíbrio e a circulação sanguínea das pernas. Podemos usar uma caixa, listas telefônicas ou um banquinho para apoiar os pés.

  • Os cotovelos devem ficar em um ângulo de 90º a 120º e os punhos devem estar posicionados na mesma linha do antebraço, ou seja, sem forçar o punho para cima ou para baixo.

  • O “mouse” deve ficar próximo ao teclado para que a criança não tenha que esticar o braço para utilizá-lo. Para as mãos pequenas, é melhor usar “mouses” pequenos, pois são mais confortáveis e ergonômicos.

  • A iluminação do ambiente deve ser adequada para não forçar a visão e o monitor não deve ter muito brilho. Caso seja necessário, use telas próprias para reduzir o brilho do monitor.

  • Uma boa hidratação é fundamental. Estimule a criança a tomar muita água durante o dia. É importante lembrar que refrigerantes e sucos muito doces não substituem a água.

  • Limite o tempo que a criança permanece na frente do computador. O ideal é fazer uma pausa a cada 30 minutos.


E, o mais importante, brinque muito com o seu filho pois, além de evitar o uso exagerado do computador, você promoverá a saúde mental e emocional de sua família.












quinta-feira, 2 de junho de 2011

Segurança para transportar as crianças nos veículos




Desde a saída da maternidade, o recém nascido deve ser transportado para casa com a máxima segurança. Este cuidado também prossegue com o crescimento da criança, pois de acordo com a idade, as formas de transportá-la mudam. Com tanta variedade de “cadeirinhas”, além de estarem apropriadas para a idade da criança, elas devem apresentar a Certificação de que foram testadas e aprovadas segundo as normas específicas de seus países. No Brasil, a Certificação é dada pelo INMETRO, garantindo que as cadeirinhas com este selo foram testadas e aprovadas como resistentes em caso de acidentes.


Bebê Conforto ou Conversível

O Bebê Conforto ou Conversível é indicado para o recém nascido saindo da maternidade até aproximadamente um ano de idade ou até atingir o peso de 9 Kg. O Bebê Conforto é instalado, firmemente através do cinto do veículo, sobre o banco de trás e o bebê deve ficar de costas para o movimento, ou seja, com a face voltada para o vidro traseiro e com inclinação de 45 graus. Nesta posição, há menor risco de impacto e lesão da sua coluna cervical em caso de acidente. Por este motivo, o Bebê Conforto deve ser instalado com cuidado, segundo as instruções do fabricante, para uma fixação segura. A cabeça do bebê fica bem posicionada e protegida e as tiras devem ficar abaixo dos ombros ajustados ao corpo com um dedo de folga.





Cadeirinha de Segurança

A Cadeirinha de Segurança é indicada para crianças entre 1 e 4 anos de idade, ou entre 9 a 18 kg de peso. É instalada firmemente, através do próprio cinto do veículo, no banco de trás, na posição vertical e voltada para frente, ou seja, na mesma direção do movimento. A criança fica segura com o cinto de cinco pontos da Cadeirinha.





Assento de Elevação ou “Booster”

O Booster é destinado às crianças entre 4 a 10 anos ou com peso entre 18 e 36 kg. Ele deve ser instalado no banco de trás do veículo e posicionado onde está o encosto de cabeça. Neste Assento de Elevação ou Booster, a criança utiliza o próprio cinto de três pontos do veículo, pois o Booster tem locais próprios para a passagem das tiras do cinto de segurança de forma que o cinto fique nos locais corretos, ou seja, no centro dos ombros, no meio do peito e sobre o quadril, evitando lesões abdominais ou cervicais.




Cinto de Segurança de três pontos do próprio veículo

A criança pode passar a usar o próprio cinto de segurança de três pontos do carro ao atingir 10 anos, o mínimo de 1.45 m de altura e peso igual ou superior a 36 kg. Neste caso, a criança deve conseguir apoiar as costas inteiras no encosto do banco de trás e dobrar confortavelmente os joelhos na borda do assento, sem escorregar. O cinto de três pontos deve passar no centro dos ombros, no meio do peito e sobre o quadril. A Academia Americana de Pediatria recomenda que as crianças sejam transportadas no banco de trás dos veículos até os 14 anos de idade. Pela legislação brasileira a idade mínima para o transporte de crianças no banco da frente é 10 anos.






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